Gestão e Qualidade | 11 de julho de 2017

Roteiros da Saúde visita Lajeado 

Lideranças da FEHOSUL debateram com filiados da região do Vale do Rio Pardo e Taquari
Roteiros da Saúde visita Lajeado 

O Roteiros da Saúde, evento itinerante promovido pelo Sistema FEHOSUL (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul), esteve na cidade de Lajeado, no dia 7 de julho, no Aspen Executive Hotel. O evento na cidade do Vale do Taquari é a terceira edição do encontro em 2017, que prevê mais visitas a outros municípios do estado ainda este ano.

A FEHOSUL, em parceria com o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Vale do Rio Pardo e Taquari – representado pelo presidente, o médico Ozório Sampaio Menezes – levou conhecimento atualizado e relevante acerca do setor de saúde no Rio Grande do Sul e no Brasil aos representantes de instituições presentes no evento.

A equipe da FEHOSUL – liderada pelo assessor jurídico, advogado José Pedro Pedrassani, pela gerente de relacionamento com o mercado e também administradora hospitalar Shirlei Gazave, pelo diretor-executivo, médico Flávio Borges, e pelo jornalista Filipe Strazzer – apresentou tendências, informações consolidadas sobre o mercado e novidades nas áreas de gestão, comunicação com o mercado e com o público, negociação, pessoas e aspectos jurídicos para o desenvolvimento das instituições. Ao final das apresentações, os especialistas puderam responder questionamento das instituições, ouvir e conhecer as dificuldades dos filiados da região.

Para o Dr. Ozório, a região enfrenta muitos problemas comuns a outros lugares do estado, como as dificuldades financeiras da saúde, seu financiamento e a tabela SUS. O presidente do sindicado, entretanto, destaca a questão da Vigilância Sanitária como a principal da região do Vale do Rio Pardo e Taquari. “A Vigilância Sanitária, por hábito, não segue uma regra única, e as exigências são cada vez maiores, sem o aporte necessário de dinheiro”. Segundo o presidente, como as instituições da região são, em sua maioria, de pequeno porte, “atendemos na maior parte SUS, que para os hospitais representa prejuízo, e não temos o aporte necessário de convênios ou particulares porque são comunidades pequenas, e as exigências da vigilância são tão grandes quanto para os hospitais com alto poder financeiro de cidades maiores”.

Marcelo Santana Dias, do Instituto Gaúcho de Oftalmologia – de Cachoeira do Sul, concorda com o Dr. Ozório acerca da Vigilância Sanitária, que, conforme o representante do Instituto, “está pedindo coisas que nunca vimos, e quando fazem as visitas vão com o intuito de punição e não de instrução”. Marcelo ainda acrescenta que com a tabela SUS está “muito difícil de trabalhar”. Segundo Dias, “sem ter o cofinanciamento eu não dou muito tempo para que não exista serviço do SUS no estado”.

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As apresentações começaram com a gerente de relacionamento com o mercado, a administradora Shirlei Gazave, que mostrou institucional da entidade, com destaque para as atividades de aperfeiçoamento oferecidas pela FEHOSUL. Além disso, a gerente falou do papel da Federação em defender os interesses das instituições de saúde, bem como as vantagens que a entidade oferece, como vagas gratuitas para cursos para os filiados; descontos no Seminários de Gestão, evento em que a FEHOSUL traz os principais executivos da saúde do Brasil para palestrar em Porto Alegre; e assessoria jurídica nas áreas trabalhista, cível, responsabilidade civil e tributária.

Em seguida, o jornalista da FEHOSUL Filipe Strazzer apresentou o setor de comunicação da Federação e a atuação da equipe de imprensa da instituição, que possui, como um de seus objetivos, valorizar a imagem do Sistema FEHOSUL e dos filiados, como boas práticas, conquistas e profissionais de destaque. Em sua fala, o jornalista apresentou o portal de notícias da Federação, o Setor Saúde, afirmando que o site quer ser a “voz do filiado”. Filipe reiterou que os canais de comunicação da FEHOSUL estão à disposição de todos os filiados em dia, que eles podem enviar notícias, vagas de empregos, releases, além de possuir assessoria gratuita em ações de comunicação do portal de notícias Setor Saúde.

Em sua apresentação, o diretor-executivo da FEHOSUL, Dr. Flávio Borges, falou especificamente para cada um dos representantes das instituições. O diretor-executivo ouviu os presentes e respondeu questões acerca da Vigilância Sanitária, financiamento e cofinanciamento SUS e reajustes do IPE-Saúde, além de comentar ações envolvendo negociações com operadoras de planos de saúde. Por fim, o diretor-executivo também apresentou temas que fazem parte da pauta de reivindicações da entidade, da atuação da FEHOSUL junto à Confederação Nacional de Saúde (CNS) e demais assuntos de interesse da Federação e das instituições presentes no evento.

Já o assessor jurídico da FEHOSUL, advogado José Pedro Pedrassani, explicou como a entidade vem trabalhando na questão das convenções coletivas, além de apresentar importantes informações sobre questões trabalhistas, principalmente em relação à Reforma Trabalhista, que ele prefere chamar de Modernização Trabalhista, já que “reforma dá uma ideia de ruptura, de rompimento. Temos que falar em modernização, porque significa um avanço”. Pedrassani falou aos presentes sobre o que considerou mais importante para o setor de saúde na “modernização”, como os artigos que versam sobre o tempo à disposição do empregador, a questão da jornada 12×36 e a prevalência da convenção coletiva sobre a lei.

RECEPÇÃO

Para Roberta Lazzaretti, do Hemovale – de Lajeado, o Roteiros da Saúde é importante porque toca na questão da “regionalidade dos problemas”. Segundo ela, “é bom ver a FEHOSUL vir até nós, e a gente se interessa mais com relação aos cursos, já iremos avaliar o QUALIS-RS – porque acho importante – e também nos sentimos mais seguros, pois podemos contar com a FEHOSUL para nos auxiliar”. Por fim, Roberta afirma que os serviços oferecidos pela entidade – e mostrados no Roteiros – “vai nos ajudar bastante”.

Marcelo Dias comenta que “sem esse contato, às vezes a gente acha que a FEHOSUL é uma coisa intocável, que a gente não consegue. Mas vemos que é simples, tem como chegar, tem como ter proximidade, tirar dúvidas, tanto virtualmente quanto por telefone”.

 

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