Ricardo Barros é o novo Ministro da Saúde
Indicação do PP, engenheiro diz que buscará “orçamento e gestão”O nome escolhido pelo presidente interino Michel Temer para o Ministério da Saúde foi o do deputado federal Ricardo Barros (foto), do Paraná, indicado pelo Partido Progressista, ao qual pertence.
O paranaense, de 56 anos, nasceu em Maringá, começou sua vida política como prefeito de sua cidade natal e agora está em seu quinto mandato na Câmara dos Deputados.
Engenheiro civil de formação, Barros foi filiado inicialmente ao antigo PFL (1988–1997) e ao PPB (1997-2003), que deu origem ao atual PP. Ricardo Barros é casado com a atual vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, sendo pai da também deputada estadual, de 24 anos, Maria Victoria Borghetti Barros. O novo ministro da Saúde teve atuação destacada na Câmara dos Deputados com participação na Comissão de Finanças e Tributação e no Conselho de Ética.
Ao receber o convite e ser indicado pelo PP, Barros buscou respaldo em nomes de peso da medicina, reunindo-se com médicos no Hospital Sírio-Libanês em encontro organizado pelo cardiologista Roberto Kalil. Da atividade participaram o médico Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, o cirurgião Fabio Jatene (filho do ex-ministro da Saúde Adib Jatene, já falecido) o oncologista gaúcho Paulo Hoff e o ex-secretário de Saúde de São Paulo Giovani Cerri, entre outros. O secretário de Saúde do governo Geraldo Alckmin, médico infectologista David Uip, participou de uma parte da conversa por teleconferência.
Barros se apresentou como gestor, ressaltando o fato de ter sido relator do Orçamento no ano passado para dizer que sabe quais as prioridades de investimentos e apresentou alguns projetos na área da saúde, de sua cidade, Maringá.
O deputado, na ocasião, disse que retende se reunir periodicamente com grupos de médicos. E se prontificou a fazer reuniões temáticas a cada dez dias.
Orçamento e Gestão
O novo ministro da Saúde disse na quinta-feira, 12, que a área precisa de “orçamento e gestão”.
“Financiamento e recursos, é isso que vamos buscar com essa nova articulação que faremos a pedido do presidente Michel Temer”, disse o deputado federal.
Barros foi o relator do Orçamento de 2016. Perguntado se defende a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o financiamento da saúde, Barros afirmou que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é quem responderá a essa questão. “A saúde precisa gastar melhor os recursos que tem e ampliar o seu financiamento. Isso acontecerá ao longo do tempo com os mecanismos que eu puder acordar com a área econômica. ”
Sobre o elevado número de casos de microcefalia, o ministro disse que é um problema grave que também terá prioridade. “Eu, como relator do Orçamento, destinei um fundo de R$ 500 milhões para a microcefalia que está sendo aplicado em pesquisa. Esperamos que possamos rapidamente eliminar o mosquito [Aedes aegypti]. A população brasileira precisa nos ajudar, especialmente os prefeitos, aplicando multas severas àqueles cidadãos que mantêm focos do mosquito da dengue em suas propriedades”, afirmou Barros.
* Informações revista Veja e EBC. Edição Setor Saúde