Reforma na saúde dos EUA vai acabar com 2,3 milhões de empregos
Relatório projeta o impacto para os próximos oito anosUm relatório elaborado pelo CBO (sigla em inglês para Escritório do Orçamento do Congresso) afirma que, até 2021, a reforma no sistema de saúde dos EUA reduzirá em cerca de 2,3 milhões o número de trabalhadores em tempo integral no País. A Casa Branca rejeitou a análise, apresentada na última terça-feira.
De acordo com o relatório, os mais afetados pelo novo Affordable Care Act (ACA) seriam os trabalhadores com salários mais baixos. O impacto no mercado de trabalho começaria a ser notado em 2016.
Os números representam os trabalhadores que optam por não trabalhar, mais do que aqueles que perderão seus empregos, conforme a agência. Um dos motivos é que algumas pessoas preferem manter seu vínculo ao programa Medicaid (para cidadãos de baixa renda) do que ter seus salários reduzidos.
Contudo, o próprio relatório diz que “não há provas conclusivas de que o emprego em um turno aumentou como resultado do ACA”. O governo se defende e lembra que desde que a promulgação da lei, em março de 2010, o setor privado cresceu 8,1 milhões de postos de trabalho, o maior crescimento desde o final da década de 1990.
Em janeiro, o governo norte-americano anunciou o acréscimo de três milhões de cidadãos nos novos planos privados oferecidos sob a nova lei (o projeto mais importante do presidente Barak Obama), com maior cobertura de saúde e, em alguns casos, com subsídios federais.