Estatísticas e Análises | 18 de agosto de 2021

Reconheça os sinais de alerta para câncer de cabeça e pescoço

O autoexame deve ser feito principalmente por tabagistas e indivíduos que consomem álcool regularmente, perfis com maior propensão a desenvolverem esse tipo de câncer
Reconheça os sinais de alerta para câncer de cabeça e pescoço

Assim como muitos tipos de câncer, o de cabeça e pescoço também pode ser detectado precocemente prestando atenção a alguns sinais. A oncologista Dra. Fernanda Pruski, da Oncoclínicas RS, comenta que é importante ficar atento ficar atentos a nódulos no pescoço que persistem por mais de duas semanas, mudança na voz, rouquidão persistente (por mais de 15 dias), dor de garganta que não melhora com antibiótico, dificuldade para engolir, feridas na boca que não cicatrizam e sangramentos sem motivo aparente na cavidade oral.

O autoexame deve ser feito principalmente por tabagistas e indivíduos que consomem álcool regularmente, perfis com maior propensão a desenvolverem esse tipo de câncer. “O processo do autoexame é bem simples e envolve a inspeção visual e palpação em frente ao espelho. Durante o processo, deve-se observar a cavidade oral (bochecha, lábios, língua, assoalho bucal e palato) e o pescoço”, afirma a Dra. Fernanda. Essa prática deve ser adotada mensalmente. Dessa forma é possível evitar que a lesão seja detectada em um estágio em que não possam mais ser feitos tratamentos locais, como cirurgia e radioterapia. “Nesses casos, o tratamento pode ser mais tóxico e com piores resultados. Além disso, pode ter disseminação para outros órgãos, piorando o prognóstico da doença”.

No entanto, de um modo geral, a probabilidade de cura em casos de tumores iniciais pode chegar a 90%. Em estágios avançados, essa chance fica em torno de 40%. Os principais fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço são tabagismo e consumo excessivo de álcool, responsáveis por 75% dos casos. A infecção pelo vírus HPV também pode estar associada a alguns tipos de câncer de cabeça e pescoço, em especial orofaringe. Outros fatores são a má higiene da cavidade oral, alimentos com conservantes, exposição à radiação, infecção pelo vírus Epstein-Barr nos casos de lesões em nasofaringe.

Seis passos para fazer o autoexame

Observe e toque todo o seu rosto.


Afaste o lábio inferior e o superior e toque a região para ver se existe alguma ferida, mancha ou coloração diferente.


Toque e olhe os dois lados internos da bochecha e toda a gengiva para verificar se há alguma alteração.


Coloque o dedo indicador por baixo da língua e o polegar por baixo do queixo para identificar se existe alguma alteração no assoalho da boca.


Observe a parte de cima da língua, movimente a língua para observar a parte inferior e as laterais.


Apalpe o pescoço, embaixo do queixo e todo o contorno para observar se existe algum nódulo, dor ou endurecimento.

Dica importante: se usar prótese dentária (dentadura), retire para fazer o autoexame

 

 



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