Estatísticas e Análises, Mundo | 3 de março de 2015

Quimioterapia reduz em 30% mortes por câncer de bexiga

Estudo mostra que pacientes que recebem o tratamento após cirurgia têm risco de óbito menor
Quimioterapia reduz em 30 mortes por câncer de bexiga

Pacientes que recebem quimioterapia após a cirurgia de câncer de bexiga têm um risco de morte aproximadamente 30% menor do que aqueles submetidos apenas à cirurgia. É o que indica uma análise feita por pesquisadores da Escola de Medicina do Hospital Monte Sinai (EUA).

A equipe coordenada por Matthew Galsky – professor de medicina, hematologia e oncologia e urologia na Faculdade de Medicina  – usou uma grande base de dados dos pacientes diagnosticados com câncer nos EUA. O ensaio clínico buscava, inicialmente, demonstrar o benefício de realizar a quimioterapia antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante) para pacientes com câncer de bexiga. Os ensaios também analisaram a quimioterapia depois da cirurgia (adjuvante), mas a comparação foi difícil de interpretar e, por isso, muitas triagens foram canceladas durante o período de pesquisa sem uma resposta clínica.

Dos 5.653 pacientes analisados, 1.293 receberam a quimioterapia adjuvante contra 4.360 pacientes que submeteram-se apenas a cirurgia. “A quimioterapia antes da cirurgia permanece uma alternativa ótima para pacientes com o tumor de bexiga”, garantiu Dr. Galsky.

Especificamente, o estudo apontou que pacientes que recebem a quimioterapia adjuvante tinham melhorado o tempo de sobrevida quando comparado aos pacientes que receberam apenas tratamento cirúrgico. “Nossa análise apoia o uso da quimioterapia após a cirurgia para pacientes com tumores na bexiga localmente avançados”, frisou o Dr. Galsky.

“Os estudos observacionais podem ser usados para ampliar o conhecimento de casos onde os ensaios clínicos não validaram evidências de forma definitiva. Esta análise comparativa da eficácia pode ajudar a informar pacientes com câncer de bexiga, que não receberam a quimioterapia antes da cirurgia,” completou o professor.

Os resultados serão incluídos em um resumo dos trabalhos apresentados no simpósio Genitourinary Cancers 2015, organizado pela ASCO (American Society of Clinical Oncology) e co-patrocinado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica, a Sociedade Americana de Radiologia e da Sociedade de Oncologia Urológica.

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