PRP é alternativa moderna e pouco invasiva para lesões articulares
Dr. Carlos von Mühlen, especialista no procedimento, explica as vantagens da técnica
Há cerca de dois anos a Clínica Dr. Von Mühlen, em Porto Alegre, oferece a técnica Plasma Rico em Plaquetas (PRP) para pacientes que sofrem de lesões articulares crônicas e não obtiveram melhora com tratamentos com anti-inflamatórios, fisioterapia e infiltrações. Embora a técnica PRP seja conhecida há mais de 10 anos, apenas mais recentemente vem sendo vista do ponto de vista científico como de real valor para lesões músculo-esqueléticas.
Plasma é a parte líquida do sangue que, após preparação, fica enriquecido com as plaquetas responsáveis pela reparação e cicatrização dos tecidos através dos fatores de crescimento. Com cerca de 40 aplicações feitas em sua clínica, o reumatologista Carlos von Mühlen explica que “Ainda não há reconhecimento geral fora da medicina desportiva. Pesquisas ainda estão sendo desenvolvidas para verificar em detalhes as indicações com melhor rendimento terapêutico”.
A popularidade da técnica cresceu porque é uma alternativa natural e segura às cirurgias. Plaquetas ativas têm a propriedade de estimular fatores de crescimento naturais do próprio corpo da pessoa. O especialista revela que a PRP é mais indicada em casos de “lesões musculares e ligamentares como rupturas, tendinites crônicas, osteoartrose articular. Lesões em que há perda total da cartilagem articular em geral têm indicação cirúrgica direta”.
Plaquetas da própria pessoa são usadas no procedimento, retiradas por punção venosa normal (como na retirada de sangue para exames de laboratório). Estas são tratadas em centro especializado e então injetadas no local da lesão. Por ser menos agressivo do que os métodos tradicionais, o procedimento é indicado para idosos. “Utiliza-se material oriundo do sangue do próprio paciente, então não há contra-indicação. As aplicações não são feitas se há ferimentos ou infecção ativa no local a ser injetado”, ressalta o Dr. von Mühlen.
Não há reação a corpos estranhos, rejeição imune, inflamações, atrofia da pele ou lesões de estruturas internas como eventualmente ocorre nas infiltrações com corticóides. A maioria dos pacientes se beneficia das aplicações de PRP, embora todos devam respeitar o ciclo de cura da natureza, em geral de vários meses.
São feitas de uma a três aplicações, com intervalo de até um mês. O procedimento é ambulatorial e o paciente vai para sua casa na mesma hora, necessitando repouso de 48h. “Em geral a técnica é feita nas maiores articulações. Pode ser feita em tendões, músculos e ligamentos”, conclui o especialista.
As indicações da técnica incluem lesões crônicas e resistentes variadas:
– tendinites do cotovelo, joelhos, ombros, punhos
– artrose / osteoartrites primárias e secundárias
– lesões do manguito rotador nos ombros
– rupturas musculares
– fasciite plantar, tendinite de Aquiles
– outras lesões crônicas de partes moles