Primeiro caso de microcefalia é confirmado no RS
Relação com o Zika Virus ainda é investigadaA Secretaria de Saúde do Estado (SES) confirmou na terça-feira, dia 15, o primeiro caso de microcefalia no Rio Grande do Sul. O secretário de Saúde, João Gabbardo, que se encontra em Brasília, vinha alertando sobre a possibilidade do surgimento de casos ligados ao Zika Vírus. O caso é de uma criança que nasceu em Esteio e cuja mãe esteve no Nordeste no ano passado.
Desde o início do ano foram notificados cinco casos suspeitos. Três já foram descartados mas dois continuam em fase de investigação, inclusive este de Esteio, na Região Metropolitana da capital.
A Microcefalia é um tipo de malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. A criança nasce com perímetro cefálico menor que o normal, ou seja, igual ou menor que 32 cm.
As causas são várias, desde problemas genéticos, ações de substâncias químicas e radiações até infecções por bactérias, vírus e protozoários que interferem na formação do feto causando malformações, geralmente no 1º trimestre da gestação, como é o caso do citomegalovírus e da toxoplasmose. Os casos recentes de microcefalia porém, têm relação com a epidemia de dengue segundo as autoridades de saúde, já que o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, pode transmitir a doença.
Segundo o Ministério da Saúde, foi observada uma possível relação, entre a infecção da Febre do Zika Vírus e síndrome de Guillain-Barré (SGB), e a ocorrência de casos de microcefalia, principalmente no nordeste do Brasil em locais com circulação simultânea do vírus da dengue. Em decorrência da situação epidemiológica, com mais de 2 mil casos suspeitos, o Ministério da Saúde declarou Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.