Primeiro ataque cardíaco causado de forma controlada salva espanhol da morte
Cardiologistas de hospital de Madrid tiveram êxito em procedimento inédito
A equipe de cardiologia do afamado Hospital Gregorio Marañón em Madrid, salvou a vida de um homem de 67 anos ao aplicar um método pouco convencional para resolver uma arritmia cardíaca que poderia levar o paciente à morte em instantes. O evento, provocado em janeiro deste ano, foi noticiado somente agora por meio de um artigo cientifico publicado na revista Circulation.
Várias tentativas para controlar o paciente como o uso de desfibrilador ou cateterismo não surtiram efeitos. O problema estava em uma região sem acesso aos cirurgiões. Desse modo, o transplante de coração apresentava-se como a única solução, porém o tempo demandado até a espera da chegada do órgão obrigaram os médicos a tomarem uma atitude extrema: provocar um ataque cardíaco.
A intervenção tinha como foco a área da espessura da parede ventricular e junto às artérias coronárias. Os médicos introduziram um cateter pela artéria femoral até a artéria coronária, injetando álcool para obstruir a pequena artéria que irrigava o território onde estava a arritmia. Ao provocar a oclusão da pequena parte do tecido cardíaco, cessou também a arritmia que provocaria a morte iminente do paciente.
Após a intervenção, não foi necessário realizar o transplante
Além do sucesso do procedimento, a consequência do mesmo foi ainda mais benéfica, já que não foi necessário realizar o transplante de coração, tido anteriormente como a única solução para casos graves como este. A arritmia conseguiu ser controlada, e hoje o paciente vive bem, sem ter tido outro episódio arrítmico, mesmo que ainda tenha problemas de insuficiência cardíaca, segundo noticia o jornal madrilenho ABC, ouvida a equipe médica.