Primeira criança a usar ECMO no HCPA retorna para agradecer a equipes no aniversário de cinco anos
Em junho de 2019, logo após o nascimento, Pedro Lucca Oliveira foi o primeiro bebê do sul do país a passar pelo tratamento.Cinco anos depois de ser internado, Pedro Lucca Oliveira voltou à UTI Pediátrica do Hospital e Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O sorriso sapeca entrega de imediato que o guri, cheio de vida, superou as dificuldades que enfrentou no nascimento. Desta vez, ele veio como visita, uma celebridade involuntária, conhecido por quase toda equipe.
Ao lado dos pais, Douglas de Santana e da Tais Silva, de Gravataí, ele desfilou distribuindo sorrisos e abraços para os profissionais que ajudaram a salvar sua vida utilizando o ECMO, sigla que significa oxigenação por membrana extracorpórea.
Em junho de 2019, logo após o nascimento, Pedro foi o primeiro bebê do sul do país a passar pelo tratamento. O time do Clínicas já tinha experiência na assistência a adultos, mas nunca havia realizado ECMO em um bebê. Desde então, mais 11 crianças foram beneficiadas pelo procedimento, considerado de alta complexidade.
Sem cobertura pelo SUS, o HCPA se empenha para disponibilizar a tecnologia com recursos próprios em casos de extrema necessidade. “O Pedro nos emociona. Ele abriu as portas para o programa de Ecmo Pediatrico”, ressalta, emocionada, a responsável pelo programa, a professora Taís Sica da Rocha.
Idealizadores desta visita especial ao HCPA, a família celebra a vida do pequeno. ”Ele veio para o lugar certo. Poderia ter sido mandado para qualquer hospital, mas se não fosse no Clínicas, sem o Ecmo, ele não estaria aqui”, afirma a mãe. O pai complementou, na conversa com a equipe multiprofissional, que se reuniu no corredor para ver o Pedro. “Era pra ser. Não sabem o quanto é bom ver vocês. Sempre vamos ter isso no coração”.
Momento da alta do Pedro Lucca Oliveira em 2019 (foto HCPA).
O que é ECMO
A sigla vem do inglês, Extracorporeal Membrane Oxygenation. Na prática, ECMO é um complexo sistema de fios, tubos, bombas e outros componentes que funcionam como coração e pulmões artificiais para o paciente. O sistema poupa os órgãos enquanto eles se curam, e por isso traz grandes benefícios.
O tratamento é realizado na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (Utip) do HCPA. Utilizar a tecnologia demanda profissionais extremamente qualificados, instalações adequadas e insumos.