Estatísticas e Análises | 10 de julho de 2024

Pesquisa clínica apresenta eficácia de 100% da crioablação no combate ao câncer de mama em estágio inicial

“Atualmente, conseguimos diagnosticar tumores muito pequenos e precisamos desenvolver as técnicas para tratá-los na mesma proporção. Desta forma, a crioablação se apresenta como uma alternativa promissora às cirurgias convencionais para eliminar tumores de até dois centímetros”, revela o Dr. Afonso Nazário, mastologista do Hcor.
Pesquisa clínica apresenta eficácia de 100% da crioablação no combate ao câncer de mama em estágio inicial

Os casos de câncer de mama não param de crescer e as estimativas para os próximos anos não são otimistas. No Brasil, estão previstos cerca de 70 mil novos diagnósticos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).


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Depois do tumor de pele não melanoma, o mais incidente no país é o de mama feminina. Para ajudar as mulheres a se recuperarem rapidamente e melhor, especialistas buscam formas cada vez menos invasivas e mais assertivas de combater a doença, como a crioablação.


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Um estudo multicêntrico realizado por hospitais na cidade de São Paulo, entre eles o Hcor, que contou com a participação de mais de 40 mulheres, mostrou que o procedimento foi 100% eficaz na eliminação do câncer de mama em estágios iniciais. “Atualmente, conseguimos diagnosticar tumores muito pequenos e precisamos desenvolver as técnicas para tratá-los na mesma proporção. Desta forma, a crioablação se apresenta como uma alternativa promissora às cirurgias convencionais para eliminar tumores de até dois centímetros”, revela o Dr. Afonso Nazário, mastologista do Hcor.


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A vantagem dessa técnica é que ela é minimamente invasiva, o que oferece menos riscos, permite que seja realizada em ambiente ambulatorial e requer apenas anestesia local. “O procedimento envolve a aplicação de ciclos alternados de congelamento e descongelamento em tecido neoplásico utilizando criosondas, popularmente conhecidas como ‘agulhas’. Essas criosondas alcançam temperaturas extremamente baixas, variando de -40°C a -160°C, resultando na destruição e morte das células cancerígenas”, explica a Dra. Vanessa Sanvido, mastologista do Hcor.


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Com o procedimento, é formada uma “bola de gelo” na mama, que envolve as células necrosadas do tumor e as da margem de segurança em torno dele. A destruição total leva cerca de 15 dias. “Após a crioablação, seguimos com o tratamento que seria feito normalmente para aquele câncer, o que pode incluir radioterapia e até mesmo a quimioterapia”, completa a médica. Na pesquisa clínica em andamento, por questão de segurança, são realizados procedimentos complementares.


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Depois da crioablação, as pacientes fazem uma ressonância magnética para verificar se ainda há células malignas. Após algumas semanas, são submetidas à cirurgia com a retirada da região onde se localizava o tumor para confirmar a eficácia da crioablação. “O objetivo é analisar se a crioablação é eficaz na destruição do tumor e se os resultados dos exames de imagem conseguem prever quando o tumor é totalmente destruído. Assim sendo, a cirurgia poderia ser descartada em casos de câncer de mama inicial de até dois centímetros, como já acontece em alguns países”, conta o Dr. Nazário.

 



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