Mais de um milhão de turistas fãs de futebol são esperados nas 12 cidades-sedes da Copa do Mundo no Brasil, que ocorre entre 12 de junho  e 13 de julho. O perigo de contrair dengue é uma preocupação para os visitantes, o que fez o periódico científico The Lancet elaborar uma previsão probabilística para analisar os riscos de uma epidemia.

O País foi dividido em 553 microrregiões, com avisos de nível de risco para as 12 cidades onde os jogos serão disputados. O método utilizou previsões climáticas sazonais de várias fontes internacionais de meteorologia, além da situação epidemiológica da dengue observada no Brasil, fornecida pelo Ministério da Saúde.

Com essas informações, foi elaborado um modelo hierárquico Bayesiano espaço-temporal (spatiotemporal hierarchical Bayesian) que permitiu que os avisos de dengue fossem feitos com três meses de antecedência. Ao avaliar o desempenho de previsão passado, usando taxas de incidência de dengue para o período de junho de 2000 a junho de 2013, foram identificados limiares de alerta para cenários de médio risco e alto risco.

Baixo, médio e alto risco

As projeções para junho de 2014 mostram que o risco de dengue é baixo nas cidades-sedes de Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. O risco é médio nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. Por fim, o alto risco foi apontado para Recife, Fortaleza e Natal.

Este alerta preventivo de dengue permitiria ao Ministério da Saúde e autoridades locais, a adoção de medidas de mitigação  específicas em cada cidade, a fim de controlar os riscos durante a Copa do Mundo.