A FEHOSUL esteve presente, junto com os representantes das demais entidades médicas e hospitalares hque compõem o Grupo Paritário do IPE-Saúde, na última sexta-feira, 24, ao gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen, última autoridade a receber cópia da notificação extrajudicial contra o órgão estadual. O documento entregue – que faz parte das ações do Dia de Alerta – pede que o IPE solucione, no prazo máximo de 30 dias, todas as pendências com as instituições prestadoras de saúde e os profissionais médicos que já se arrastam por vários anos.

Além da FEHOSUL, representada dor seu diretor executivo Flávio Borges, também participaram do encontro o secretário do Cremers, Isaias Levy; o diretor da Amrigs, Alfredo Cantalice; o diretor da Associação dos Hospitais do Rio Grande do Sul (Ahrgs), Alcides Pozzobon; e os representantes da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos RS, Sandra Mara Weiler e Antônio Omar Machado.

O grupo foi pedir o apoio do presidente do Legislativo gaúcho em busca de soluções para problemas como o pagamento de dívidas resultantes de diferenças do faturamento que datam desde 2005, ausência de reajustes nos últimos dois anos, pagamento da remuneração devida nos medicamentos e a não implementação da CBHPM definida desde 2010. Caso o IPE-Saúde não atenda as exigências, as entidades tomarão medidas administrativas, técnicas, judiciais e outras eventualmente necessárias ao atendimento das suas justas reivindicações.

Segundo o Diretor Executivo da FEHOSUL, o presidente da Assembleia Legislativa se comprometeu com que seu partido utilize a Tribuna da Assembleia para que os demais deputados tomem conhecimento da real situação do IPE-Saúde, além de mobilizar a Comissão de Saúde do parlamento a fim de evitar que o órgão reviva a mesma situação anterior à criação do IPE-Saúde.

Dia de Alerta

Na última quarta-feira, 22, hospitais, clínicas, laboratórios  e médicos realizaram um dia inteiro de paralisação nos atendimentos e procedimentos eletivos do IPE-Saúde em todo o Estado. A estimativa é que 12 mil pessoas deixaram de ser atendidas e tiveram que transferir seus atendimentos para uma nova data.

A iniciativa surgiu dos integrantes do Grupo Paritário – FEHOSUL, Ahrgs, Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos RS, Simers, Cremers e Amrigs – após meses de negociações sem resultados junto à direção do IPE-Saúde em busca de soluções para os diversos problemas que atingem, tanto os prestadores de serviços institucionais quanto os médicos.

“São 305 hospitais e 720 clínicas e laboratórios credenciados responsáveis pelo atendimento de todos os beneficiários do órgão estadual, mais de um milhão de vidas. Porém, nos últimos dois anos, estamos vivendo uma inversão de valores nesta relação, com uma predominância da visão extremamente burocrática em detrimento da assistência aos usuários”, desabafou Dr. Cláudio José Allgayer, presidente da FEHOSUL, durante a entrevista coletiva que marcou o ato do Dia de Alerta no dia 22 de maio.