Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 26 de setembro de 2014

Os 4 pilares da Gestão por Competências na Área Hospitalar

Especialista Rogério Leme apresentou nova abordagem em evento na FEHOSUL
Os 4 pilares da Gestão por Competências na Área Hospitalar

Na tarde do dia 24, a FEHOSUL recebeu Rogério Leme, Diretor da Leme Consultoria e Diretor de Desenvolvimento Organizacional da ABRH Nacional. Referência no assunto, ele apresentou aos representantes de hospitais, clínicas e laboratórios a palestra Gestão por Competências na Área Hospitalar, mostrando caminhos e medidas a serem tomadas para melhorar a produtividade.

Rogerio Leme é formado em Tecnologia Digital – Engenharia de Produção – e possui MBA em Gestão de Pessoas pela FGV. Já escreveu nove livros sobre gestão de pessoas, gestão e avaliação de competências e de desempenho que são, atualmente, referências para os profissionais da área. É, ainda, autor da Metodologia do Inventário Comportamental para Mapeamento de Competências, o modelo pioneiro comprovado matematicamente disponível em literatura. Desde 2013, atua como Diretor de Desenvolvimento Organizacional da ABRH, além de prestar consultoria e dar palestras pelo país.

“Não iniciei na área de RH, mas de tecnologia da Informação (TI). Desenvolvia sistemas para RH e vi que havia dificuldade em comercializar os produtos na área de gestão por competências devido a alta subjetividade existentes nas metodologias tradicionais ”, revelou. “Criei a Metodologia do Inventário Comportamental para Mapeamento de Competências, que é uma forma simples, mas não simplória, para evidenciar e reduzir a subjetividade na relação comportamental”, diz. Esse modelo é usado em instituições em Brasília, São Paulo, Alagoas, Bahia, entre outros.

Ao falar do atual modelo de gestão de pessoas, o especialista afirma que precisa de quatro pilares para ter sucesso: transparência, justiça, meritocracia e foco no desenvolvimento.

Sobre transparência, Leme destaca que “as pessoas precisam saber as expectativas, qual é o seu papel na empresa, a contribuição que ela deve dar. Quando recebemos uma pessoa no trabalho, não entregamos uma folha com a relação de todas as atribuições e comportamento que a pessoa deve demonstrar. Assim, estamos rompendo o primeiro pilar. O desempenho é um processo da execução, mas para avaliar de forma justa, antes eu tenho que oferecer empenho. As pessoas não têm clareza na sua função. Ninguém entra no jogo sem saber as regras. Qual é a regra de gestão de pessoas da sua empresa?”, questionou.

O reconhecimento do trabalho bem realizado, segundo Rogério Leme, é fundamental. “A empresa não é como a escola onde, em um trabalho em grupo, um faz o trabalho e todos levam a nota. Eu quero ser reconhecido pela minha contribuição. É preciso conseguir mesurar não a competência do profissional tem, mas a competência que ele entrega. Com políticas de Gestão de Pessoas com regras claras (transparência) e focadas na meritocracia, o senso de justiça será percebido pelas pessoas”.

O consultor ressalta que o modelo deve estar focado no desenvolvimento das pessoas. “Nunca tivemos tanta mão-de-obra disponível no mercado, mas também nunca tivemos tanta falta de mão-de-obra. Uma empresa deve investir no desenvolvimento das pessoas e gerar oportunidade de crescimento e de desenvolvimento na instituição. O foco não deve ser reter talentos, mas gerar condições para que ele coloque em prática aquilo que o profissional pode oferecer. Isso fará que o profissional sinta-se motivado e queira permanecer na instituição”.

Um modelo de Gestão por Competências, segundo o especialista, permite que o colaborador visualize a sua trilha de desenvolvimento. “É importante saber os caminhos que se pode percorrer e as competências a adquirir. A aplicação dessas práticas fomenta a meritocracia, a transparência e a justiça. Isso tudo, gera impacto no clima organizacional e, pessoas felizes são mais produtivas, trabalham melhor e geram mais resultados”.

“O desafio da área hospitalar é que, geralmente, se trabalha com muitos funcionários e grande quantidade de funções. É preciso ter uma gestão com o olhar e foco em cuidar de pessoas, tratá-las como indivíduo, de acordo com suas necessidades e alinhada aos objetivos da organização. Somente assim é possível extrair o que há de melhor nas pessoas para que elas possam contribuir para a sustentação da empresa. Essa é a gestão da singularidade”, concluiu.

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