O câncer de pulmão costuma ser uma doença silenciosa que, inicialmente, não apresenta sintomas específicos. Por isso, a importância do rastreamento e do acompanhamento do paciente, desde a fase de suspeita,  a fim de agilizar a tomada de decisão para os próximos passos. Para troca de experiências do que é feito em cada uma dessas etapas, a oncologista clínica da Oncoclínicas no RS (Oncoclínicas&Co), Dra. Ana Gelatti, o pneumologista Dr. Gustavo Chatkin e o cirurgião torácico Dr. João Rafael Victor Schmitt fizeram uma imersão de uma semana no Hospital Clinic, da Universidade de Barcelona. 

A atividade com foco no treinamento em diagnóstico precoce e tratamento de câncer de pulmão foi resultado da parceria entre o Instituto Oncoclínicas e o Hospital Clinic de Barcelona, possibilitando dessa forma a participação dos Serviços de Oncologia, Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital São Lucas PUCRS. 

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Diagnóstico molecular, individualização e tratamento

“Um dos focos da imersão foi a agilidade e o acesso ao diagnóstico molecular do câncer de pulmão, o que já está disponível no Brasil, mas ainda tem processos a serem aprimorados”, afirma a Dra. Ana. A oncologista destaca que é um tipo de câncer em que o diagnóstico molecular tem papel fundamental para a individualização e a escolha do tratamento mais adequado para cada caso. 

Ela ainda relata que foi muito importante acompanhar na prática outro sistema de saúde e identificar que todos têm acesso a essas ferramentas. “Foi possível perceber o que podemos melhorar nos fluxos para acelerar o diagnóstico do paciente e o início do tratamento. Isso faz parte da Linha de Cuidado da Oncoclínicas, poder acompanhar o paciente desde antes do diagnóstico até a definição do tratamento, abreviando o tempo e facilitando a sua vida com agendamentos, marcação de exames para que tudo seja feito de forma mais ágil”, salienta a médica oncologista.

 Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de pulmão são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco, responsável por cerca de 85% dos casos diagnosticados. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o quarto mais frequente no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, e tem estimativa de 15,46 mortes para cada 100 mil homens e de 11,65 para cada 100 mil mulheres.