Estatísticas e Análises | 6 de janeiro de 2015

Número de mamografias no Brasil é três vezes menor do que o recomendado pela OMS

Santa Catarina foi o Estado que apresentou a maior cobertura ao exame
Número de mamografias no Brasil é três vezes menor do que o recomendado pela OMS

As mulheres brasileiras fazem três vezes menos mamografias do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos fizeram mamografia pelo SUS em 2013. Os dados são de um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia.

Enquanto a OMS recomenda que 70% de cobertura anual desse exame seja em mulheres com mais de 40 anos, o Ministério da Saúde sugere que essa cobertura começe aos 50 anos. O Inca estimava, para o último ano, mais de 10 milhões de mamografias em mulheres entre 50 e 60 anos, mas não mais do que 2,5 milhões foram realizadas.

O estudo, baseado no Sistema de Informação para o Controle do Câncer de Mama (Sismama), rastreou a distribuição de mamógrafos e o número de exames realizados pelo SUS ao longo de 2013 e calculou o número de exames esperados, considerando 58,9% da população-alvo, tendo em vista as recomendações do Inca.

Um dos fatores para essa quantia abaixo do esperado é que, embora o País tenha um número adequado de equipamentos, a grande maioria está no Sul e Sudeste e uma pequena parte no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Da mesma forma, uma grande área no interior do Brasil fica descoberta.

“Existem regiões em que a mulher precisa andar mais de 300 quilômetros até um mamógrafo do SUS, o que significa um dia inteiro para fazer um exame que deveria levar cerca de três horas para ser concluído”, destacou presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, em reportagem da Agência Brasil.

Na região Sul, a frequência de mamografias é de 31,3%, muito acima dos 12% da região Norte. Na comparação dos Estados brasileiros, a menor cobertura de mamografias foi no Pará (7,5%) e a maior em Santa Catarina (31,3%).

VEJA TAMBÉM