Mulheres são mais afetadas pela artrite reumatoide
A reumatologista Tamara Mucenic alerta que se a doença não for tratada pode levar a deformidades irreversíveis, causando incapacidade do pacienteInchaço e dores nas pequenas articulações das mãos e dos pés são alguns dos sintomas mais comuns da artrite reumatoide, uma doença inflamatória crônica que acomete mais de dois milhões de brasileiros. Proporcionalmente, as mulheres na faixa entre os 40 e os 60 anos são duas vezes mais afetadas do que os homens.
“A artrite reumatoide é uma doença de causa ainda desconhecida, porém, multifatorial, onde existe uma tendência genética (predisposição) e fatores que agem como gatilhos que desencadeiam, podendo ser micro-organismos (infecções), tabagismo, entre outros”, afirma a reumatologista do Núcleo de Terapia de Doenças Autoimunes da Oncoclínicas RS, Dra. Tamara Mucenic (foto).
A fim de chamar a atenção para a importância do diagnóstico e tratamento da doença, 12 de outubro é o Dia Nacional Contra a Artrite Reumatoide. Dra. Tamara informa que se trata de uma doença sistêmica, ou seja, atinge o organismo como um todo, tendo como principais sintomas a dor, inchaço e rigidez das articulações. Se não for tratada, pode levar a deformidades irreversíveis, causando incapacidade do paciente.
“Não existe ainda uma maneira de prevenir. No entanto, manter bons hábitos de saúde, como não fumar, alimentação saudável e controle da obesidade podem reduzir a chance de a doença surgir”. Conduzido pelo médico reumatologista, o tratamento é feito a partir de medicamentos que evitam a evolução da doença, incluindo dores e inflamações, aliados a mudanças no estilo de vida do paciente. Embora não seja uma doença tipicamente hereditária, existe um risco maior de a artrite reumatoide surgir em pessoas com familiares de primeiro grau portadores da doença.
Saiba mais
A artrite reumatoide é um tipo de reumatismo, nome geral que se dá a um grupo de mais de 100 doenças diferentes. As doenças reumáticas atingem mais de 12 milhões de brasileiros, entre idosos, adultos, jovens e até crianças, afetando principalmente o aparelho locomotor (ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos) ou outras partes do corpo.
De acordo com o Ministério da Saúde, essas enfermidades limitam as atividades profissionais e cotidianas, sobrecarregando, significativamente, o sistema previdenciário. São consideradas a segunda maior causa de auxílio-doença (afastamento prorrogado) e ficam em quarto lugar nas justificativas de aposentadoria por invalidez.