Gestão e Qualidade, Perfil | 22 de outubro de 2017

Morre Sílio Nascimento Andrade, em Salvador

Fundador e ex-presidente da Associação de Hospitais da Bahia e da Federação Brasileira de Hospitais
Morre Sílio Nascimento Andrade, em Salvador

O médico psiquiatra, Dr. Sílio Nascimento Andrade, faleceu na madrugada de sábado, 21, em Salvador na Bahia. Dr. Sílio marcou a sua trajetória profissional como um importante líder dos movimentos associativos da saúde no país. Foi um dos fundadores da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHESB) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), na qual exerceu diversos cargos, inclusive sua Presidência.

Como presidente da Ahesb atuou com grande destaque, por mais de 30 anos, de 20/10/1965 a 14/04/1996. Também foi fundador e dirigente do Hospital Santa Mônica e da Casa de Saúde Ana Nery. Atuou fortemente, com intensa atuação na Constituinte de 87/88, ao lado de outros dirigentes hospitalares, contra a estatização da Saúde, preconizada pelos ideólogos da denominada Reforma Sanitária , lutando pela manutenção da livre iniciativa.

Sílio era natural de Belmonte, sul da Bahia, e deixa três filhos, entre eles Cícero Andrade, membro do Departamento de Saúde Suplementar da Confederação Nacional de Saúde (CNS).

Em notas a Ahseb e a Federação Baiana da Saúde, filiada à CNS, destacaram a importante contribuição deixada por Sílio, “ para a Medicina e a Saúde Suplementar da Bahia e do Brasil”.

Sílio Andrade era muito próximo à Associação dos Hospitais do Rio Grande do Sul (AHRGS), ao tempo em que a entidade era liderada, nos anos 60 e 70, pelos seus amigos Lauro Schuck, Angel Antonio Gomez del Arroyo, Vicente Passos Maia Filho (também falecidos) e Italo Lazzarotto. Neste período Sílio participou dos eventos anuais da entidade, como o Encontro Nacional dos Dirigentes Hospitalares (Gramado, 1976/1981), cujo coordenador o médico Cláudio José Allgayer, hoje presidente da FEHOSUL e da AHRGS recorda “o dinamismo do dirigente baiano, sempre veemente na defesa dos hospitais psiquiátricos e da rede hospitalar privada, mesclando em sua atuação o sentido prático das demandas do setor, com o amplo conhecimento da evolução da humanidade, obtido na leitura aprofundada dos clássicos e da filosofia universal, que lhe caracterizava como uma prosa interessante, lúcida e cativante”.

Em nota oficial, a CNS externou “solidariedade neste momento de luto em nome do movimento sindical patronal da Saúde aos familiares, aos seus conterrâneos baianos e a toda rede privada de Saúde, pela trajetória irreparável deste profissional e ser humano exemplar”, menciona a nota firmada pelo presidente Tércio Kasten.

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