Moinhos de Vento dispõe de tecnologia para controle de dores crônicas
Método é menos invasivo e reduz dores neuropáticas, isquêmicas e oncológicasTécnicas e tecnologias inovadoras, que utilizam métodos pouco invasivos, podem ajudar a controlar dores crônicas pós-traumáticas e pós-operatórias. O Hospital Moinhos de Vento oferece implantes de dispositivos como neuroestimuladores medulares e bombas de infusão de medicamentos que podem ser regulados através da pele.
Entre as principais vantagens dessa novidade está a realização do procedimento em ambulatório, sob sedação e sem intervenção cirúrgica sobre a coluna, com significativa redução do risco cirúrgico e de custos para pacientes e convênios. O método também atua no controle de dores provenientes de doenças vasculares isquêmicas e dores crônicas pós-cirurgia na coluna.
A tecnologia e expertise para a implantação destes dispositivos por via percutânea, é menos invasiva do que a tradicional que exige laminectomia (cirurgia sobre a coluna). No entanto, necessita de avaliação prévia do paciente por uma equipe multidisciplinar formada por anestesiologistas, psiquiatras e neurologistas com área de atuação em dor.
Segundo o médico anestesiologista especialista em tratamento da dor e cuidados paliativos, Marcos Sperb Bicca da Silveira, da Clínica de Dor do HMV, os neuroestimuladores são sistemas que modulam os sinais de dor, através de estímulos elétricos não dolorosos, desencadeados por eletrodos instalados no espaço peridural. “Na implantação, há uma avaliação da resposta em até sete dias, podendo ser feita na própria residência do paciente, com um dispositivo temporário. Após esse período, sendo a resposta favorável, é realizada a instalação do dispositivo definitivo “, (com formato semelhante a um marca-passo cardíaco).
Já as bombas de infusão liberam pequenas doses de medicamentos continuadamente, e o procedimento é realizado em um só tempo. Sua maior indicação é para dores oncológicas decorrentes da doença ou do próprio tratamento. “Podem ser usadas também para tratamento da espasticidade muscular. Inicialmente se faz a passagem de um cateter sub-dural, sendo este conectado à bomba de infusão que é instalada sob a pele, na região do abdome”, afirma o especialista.