Gestão e Qualidade | 28 de novembro de 2016

Hospital Moinhos de Vento coordena projeto nacional de segurança do paciente 

Ações em conjunto com o Ministério da Saúde e 15 hospitais
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Sob coordenação do Hospital Moinhos de Vento, 15 hospitais no país vão treinar profissionais e adotar mecanismos para melhorar o atendimento ao paciente, dentro de programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional  do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O aprimoramento envolvendo as instituições visa melhorar a segurança do paciente, diminuir o sofrimento e reduzir custos.

A assinatura do “Projeto Paciente Seguro” ocorreu durante evento no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Na abertura das atividades, o superintendente executivo do Hospital Moinhos Vento, Mohamed Parrini (foto), disse que levantamento feito nos EUA identificou erros de procedimentos como a terceira causa de óbitos, atrás de câncer e doenças cardiovasculares. “Este programa que estamos coordenando vai oferecer suporte continuado, além de consultoria e treinamento. A finalidade é salvar mais vidas”, afirmou Parrini.

O Ministério da Saúde (MS), que se fez representar no evento, destacou que o encontro culminou uma jornada de três anos, desde quando foi editada, em abril de 2013, a portaria que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em estabelecimentos no país. O Hospital Moinhos de Vento logo foi identificado como uma referência técnica nacional no assunto.

Segundo o MS, estatísticas apontam que 10% dos pacientes internados sofrem eventos adversos – termo utilizado para complicações indesejadas decorrentes de cuidado prestado a paciente. Ainda de acordo com estudo feito na área, cerca de 70% desses eventos seriam evitáveis. Levantamento realizado no Reino Unido em 2001 mostrou que pacientes que passaram por um evento adverso tiveram de permanecer mais 8,5 dias internados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas para melhorar o cuidado ao paciente porque são de baixo custo de implementação e evitam erros que podem ocasionar óbitos e ainda resultar em custos elevados. “O programa cria sistemas, cria mecanismos para evitar que um evento adverso chegue ao paciente”, lembrou a médica Elenara Ribas, líder do Projeto Paciente Seguro do Hospital Moinhos de Vento. Dentro das ações previstas já estão agendados encontros de trabalho com os hospitais participantes em dezembro deste ano e em março de 2017, quando serão apresentados planos de ação e realizados os primeiros treinamentos.

Durante o evento, a enfermeira Aline Brenner, coordenadora de Qualidade e Segurança do Hospital Moinhos de Vento, mostrou como a instituição está organizada para o gerenciamento de risco. Com a adoção de um programa interno, o hospital apresenta resultados de acordo com protocolos do Ministério da Saúde. “Há erros que nada ocasionam ao paciente, e há outros que deixam sequelas. Mas estamos reduzindo isso a cada ano”, disse.

Em Porto Alegre, o programa será aplicado no Hospital Conceição, estabelecimento público com mais leitos e com o atendimento do maior número de patologias, conforme Tatiana Razzolini Breyer, dirigente da Secretaria Municipal da Saúde, da capital. ” As ferramentas não implicam em custo financeiro, mas em mudanças nos processos”, destacou Tatiana.

Principais ações para melhorar o cuidado ao paciente

Treinamento;

Garantia de processos mais rigorosos;

Mudança cultural para o cuidado melhor e mais seguro, com base no compromisso dos líderes e profissionais de todos os níveis;

Iniciativa e disposição de cada instituição de verificar suas falhas e melhorar.

 DESAFIOS DO PROGRAMA

Implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente;

Elaboração de um Plano de Segurança do Paciente;

Implementação dos Protocolos Básicos de Segurança do Paciente;

Notificação de eventos adversos.

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Evento realizado em Porto Alegre (fotos: Leonardo Lenskij)

Saiba mais sobre:

Eventos Adversos

Erro médico

A maioria dos erros de identificação do paciente podem ser evitados

 

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