Gestão e Qualidade | 4 de setembro de 2025

Ministério da Saúde pública protocolo clínico inédito para hipertensão arterial sistêmica

Documento foi elaborado em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz representa avanço histórico no combate à hipertensão no Brasil.
Ministério da Saúde pública protocolo clínico inédito para hipertensão arterial sistêmica

Foi oficialmente publicado, por meio da Portaria SECTICS/MS nº 49/2025, o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento foi desenvolvido pela Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (UATS-HAOC), em parceria com o Ministério da Saúde, no contexto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS).


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Esse é um marco inédito e essencial para o sistema público de saúde brasileiro, pois trata-se da primeira versão oficial de um protocolo clínico que orienta de forma abrangente e padronizada o manejo da hipertensão arterial sistêmica no SUS, condição que afeta 48% da população adulta brasileira. Desse total, apenas 10% têm a pressão controlada.


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“A publicação é um avanço extraordinário para a saúde pública no Brasil. Estamos entregando, pela primeira vez, um documento técnico científico de referência nacional, que guiará o cuidado da hipertensão no SUS com base em evidências científicas atualizadas e com foco na integralidade da atenção”, afirma Rosa Lucchetta, gerente de pesquisas e projetos no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.


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A hipertensão arterial representa um dos principais fatores de risco para mortalidade no Brasil e no mundo, estando diretamente relacionada a complicações cardiovasculares, renais e neurológicas. Além de causar cardiopatia e nefropatia hipertensivas, é precursora de condições graves como doença isquêmica cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, e até doenças neurodegenerativas como Alzheimer e demência vascular, quando iniciada precocemente.

“Sabemos que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir significativamente a carga da doença. Por isso, este documento estabelece estratégias de rastreamento, diagnóstico, tratamento farmacológico e não farmacológico, além do monitoramento contínuo da condição”, complementa a pesquisadora.

Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) é incorporada

Outro avanço importante incluído neste protocolo foi a incorporação da tecnologia de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) para o diagnóstico da pressão alta  em adultos com suspeita da doença. Esta recomendação foi embasada em parecer técnico favorável.

Com a adoção da MRPA, estima-se que mais de seis milhões de brasileiros poderão se beneficiar de um diagnóstico mais preciso, seguro e acessível, contribuindo para uma intervenção mais eficaz e redução de complicações a longo prazo.

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