Os médicos gaúchos decidiram paralisar o atendimento de beneficiários de seis planos de saúde por três dias – de 15 a 17 de outubro – por causa da baixa remuneração das consultas. A “greve geral” afetará as consultas e os procedimentos não urgentes de usuários de seis planos que mantêm mau relacionamento com a categoria no Estado. No país, a paralisação começa hoje, 10, e segue até o próximo dia 25.

A medida atinge as seguintes operadoras no RS: SulAmerica, Cabergs, Saúde Caixa, Geap, DoctorClin e Centro Clínico Gaúcho – um total de 405 mil usuários (ou 18,1% dos usuários dos planos privados que somam 2,5 milhões no RS). Dos 24 mil médicos credenciados às operadoras, 16 mil devem deixar de atender os usuários durante os três dias de paralisação.

Na cidade de São Paulo já houve uma paralisação no dia 6 de setembro, quando os profissionais interromperam o atendimento durante todo o dia reivindicando valores melhores nas consultas médicas.

Setor aquecido para operadoras

Dados da ANS apontam que a receita das operadoras de planos de saúde cresceu 130% desde 2003 (foi de R$ 28 bilhões) e passou, em 2011, a R$ 83,4 bilhões.

A população de usuários em todo o país é de quase 60 milhões de pessoas. No RS, são cerca de 2,5 milhões dependentes de operadoras privadas.