Médico do Hospital Nora Teixeira apresenta impacto global de novo tratamento no câncer de próstata
"Os resultados indicam que a combinação pode ser uma alternativa importante no tratamento de homens com câncer de próstata avançado, ajudando a preservar o bem-estar e o controle dos sintomas por mais tempo", explica o oncologista André Fay.
O oncologista André Fay, do Hospital Nora Teixeira, que integra o complexo da Santa Casa de Porto Alegre, levou para encontro anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) os resultados de um estudo sobre o impacto de um novo tratamento recentemente aprovado no Brasil e EUA na qualidade de vida de pacientes com câncer de próstata avançado.
O trabalho, uma análise do estudo TALAPRO-2 para avaliação da qualidade de vida, publicado também na renomada revista Lancet Oncology, investigou a combinação dos medicamentos talazoparibe e enzalutamida em homens com câncer de próstata metastático resistente à castração e com alterações genéticas no reparo do DNA.
O estudo
A pesquisa envolveu mais de 390 pacientes em 26 países. Todos receberam o tratamento padrão com enzalutamida e foram divididos em dois grupos: um deles recebeu adicionalmente talazoparibe e o outro, placebo. O objetivo foi avaliar se a nova combinação poderia atrasar a piora da qualidade de vida, dos sintomas urinários e da dor. Os resultados mostraram que a adição de talazoparibe amenizou os sintomas urinários em comparação ao grupo que não recebeu o medicamento. “Os resultados indicam que a combinação pode ser uma alternativa importante no tratamento de homens com câncer de próstata avançado, ajudando a preservar o bem-estar e o controle dos sintomas por mais tempo”, explica Fay.
Médico do Centro de Oncologia do Hospital Nora Teixeira, André Fay é um dos selecionados para o Leadership Development Program da ASCO, programa que forma lideranças globais em oncologia. “Trata-se de mais uma prova do papel da Santa Casa de Porto Alegre no avanço da ciência e na integração com centros de excelência internacionais. É gratificante poder contribuir com dados que podem orientar novas decisões terapêuticas”, conclui Fay.