Estatísticas e Análises | 30 de maio de 2014

Lucro das operadoras de planos de saúde cresce 25% em 2013

Cerca de 50,3 milhões de brasileiros possuem plano de saúde
Lucro de operadoras de planos de saúde cresce 25 porcento em 2013

O lucro das operadoras de planos de saúde apresentou crescimento de 25,28% no ano passado. Os denominados “convênios” médicos e odontológicos reajustaram preços, controlaram custos e conseguiram o melhor desempenho desde 2010.

A receita bruta do setor alcançou R$ 108 bilhões, sendo que o faturamento das 922 operadoras de convênios médicos subiu 16%, enquanto o número de usuários cresceu 4,59%. O presidente da ANS, André Longo, destacou que “as operadoras fizeram uma revisão nos contratos empresariais e conseguiram uma melhor negociação. O aumento da receita foi bem maior do que o número de vidas”.

Os dados da ANS revelam que 50,3 milhões de brasileiros possuem plano, quantidade 4,59% acima do esperado pelo mercado. A alta foi puxada pelo segmento corporativo, em especial pequenas e médias empresas, que passaram a oferecer planos de saúde aos empregados.

As operadoras também melhoraram a variação da despesa em relação ao faturamento. A sinistralidade fechou 2013 em 83,7%, queda de 1,2 ponto percentual em comparação a 2012.

Os convênios médicos com mais de 100 mil usuários tiveram despesas administrativas equivalentes a 23% da receita. Entre as pequenas operadoras (até 20 mil clientes), entretanto, a despesa chega a metade do faturamento. Por fim, entre as de porte médio, o percentual ficou em 38%.

As 346 empresas de planos odontológicos reduziram despesas com procedimentos odontológicos em 0,9%, fazendo com que o lucro bruto ficasse em R$ 1,3 bilhão, alta de 12,61% em comparação a 2012. A OdontoPrev, maior operadora do setor (6,1 milhões de clientes), fechou o ano com lucro líquido R$ 188 milhões (melhora de 29,2%).

Apenas 20% dos planos são individuais. As operadoras estão abandonando a modalidade, uma vez que os reajustes de preço são regulados pela ANS, enquanto nos planos corporativos vale a livre negociação entre empresas e operadoras que, normalmente, são superiores aos valores autorizados pela ANS para os planos individuais.

 

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