O Hospital Universitário de Canoas confirmou, no dia 10 de novembro, que um andar inteiro da instituição foi desativado. Assim, foram fechados 70 dos 460 leitos SUS da instituição. Mais de cem funcionários deverão ser desligados. A instituição precisa ajustar o orçamento para minimizar os impactos do crescente e importante déficit mensal desde o ano passado.

Conforme o secretário municipal da Saúde, Marcelo Bósio, as fontes de recursos federais e estaduais reduziram-se, desde o início do ano. “Para que a gente possa ter a capacidade de manter em funcionamento, tivemos que fazer uma reorganização da estrutura do hospital. Além dos cortes de verbas da União e Estado, temos um processo de crise em que a arrecadação do município também caiu, drasticamente”, afirmou.

“A queda de arrecadação do município e a falta de perspectiva de aumento nos repasses estaduais e federais nos exigiram esforço de planejamento para que pudéssemos otimizar nossas estruturas ao máximo e operar com um custo que seja viável”, acrescentou Bósio. O secretário ressalta ainda que o reajuste salarial de 8% aos funcionários – concedido em 2015 -, além do aumento nos custos de equipamentos e medicamentos também colaboraram para os cortes.

Desde o final de 2014, o Hospital Universitário de Canoas passou a somar déficit de R$ 2 milhões por mês. A próxima medida pode ser o fechamento da UTI pós-operatório. Caso seja mantida, parte dos leitos vai ser desativada. Demais serviços especializados serão mantidos, mas a fila para realização de cirurgias vai aumentar. Atualmente, 650 procedimentos operatórios são realizados por mês.