Gestão e Qualidade | 5 de novembro de 2013

ISTA apresenta a vanguarda no tratamento contra trombose

Evento promovido pelo hospital Moinhos de Vento analisou novos medicamentos
seminário ista

Durante três dias, especialistas brasileiros e internacionais se reuniram para apresentar e debater sobre o avanços em questões cardiológicas, neurológicas e vasculares. O 6º Simpósio Internacional de Trombose e Anticoagulação (ISTA), organizado pelo Hospital Moinhos de Vento em parceria com Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul e o Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, ocorreu entre 31 de outubro e 2 de novembro, em Porto Alegre, e trouxe à tona o que está na vanguarda dos tratamentos.

Ao longo dos três dias, o hotel Sheraton, local do simpósio, recebeu 12 congressistas internacionais.  A chefe do Serviço de Cardiologia, Cirurgia Vascular e Cardíaca e superintendente médica adjunta do Hospital Moinhos de Vento, dra. Carisi Anne Polanczyk, comemorou o sucesso do evento. “O simpósio é muito bom pelo intercâmbio, a vinda dos palestrantes, essa troca de conhecimento é o melhor. Estamos estreitando e unificando o trabalho entre a medicina brasileira e norte-americana. Os avanços que eles têm lá, acabamos por ter aqui e vice-versa. Há essa sintonia”, salientou.

“Há décadas se usa aspirina para afinar o sangue. Agora estamos vendo surgir uma nova geração de medicamentos para esse fim”, acrescentou a cardiologista. No ISTA, quatro medicamentos foram apresentados como principais trunfos para o tratamento das enfermidades: Brilinta (Ticagrelor) e Efficient (Prasugrel) são dois antiagregantes plaquetários para tratar a síndrome coronariana aguda. Os outros dois são anticoagulantes que apresentaram menor risco de sangramento. São eles Eliquis (apixabana) e Pradaxa (dabigratana).

“O mais interessante é o debate de novos fármacos,  que cresceu muito nos últimos cinco anos. Alguns estão em fase de aprovação, mas logo teremos opções de tratamento com maior uso de medicação e mais segurança”, lembra Carisi.

No Brasil, um terço das causas de morte está relacionado ao sistema circulatório. O problema é ainda mais grave se forem acrescidos outros desfechos (como a perda de um membro ou incapacidade motora), o número é mais expressivo. “As pessoas se preocupam com infarto, isquemia, mas não associam isso à causa, que é a formação de coágulos e a trombose”, destacou a dra. Carisi.

“Se nos atentássemos para os fatores de risco, como controle de pressão, colesterol, e fizéssemos mais atividade física, seguíssemos uma alimentação saudável, esses casos se reduziriam de maneira expressiva”, resumiu a especialista.

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