Nos EUA, o Instituto de Saúde Nacional (NIH, na sigla em inglês), um dos maiores centros de pesquisa do mundo, irá aplicar US$10 milhões no financiamento de pesquisas que vão analisar a variável de gênero. O investimento incentiva pesquisadores a estudar a diferença de efeitos em fêmeas e machos, e é um catalisador para considerar o sexo como uma variável fundamental na pesquisa.

Ratos, porcos, cachorros e demais animais usados em laboratórios normalmente são machos. Os pesquisadores evitam usar fêmeas pelo receio de que os ciclos reprodutivos e flutuações hormonais possam interferir nos resultados de experimentos.

Tais estudos conduzirão ao um maior entendimento sobre as variáveis dos gêneros. “Essa estratégia de financiamento demonstra nosso comprometimento em melhorar a saúde, ao aumentar nossa base de conhecimento”, explicou Janine Austin Clayton, diretora de Pesquisa da Saúde da Mulher do NIH, em reportagem da Reuters.

O projeto abrange diversas áreas da ciência, como a imunologia básica, a fisiologia cardiovascular, circuitos neurais, e a saúde comportamental.

Algumas medidas a serem tomadas:

– Adição de animais (e seus tecidos, células, etc) de sexos opostos para comparar resultados

– Adição de mais dados sobre o outro gênero em estudos que já possuem amostras de machos (ou vice-versa)

– Análise dos conjunto de dados existentes que contêm informações iguais entre machos e fêmeas