Implantação da TISS ainda gera indefinições
Em reunião da Confederação Nacional de Saúde representantes de todo o país debateram sobre as dificuldades enfrentadas pelos prestadores de serviçosA diretoria da FEHOSUL participou nesta semana, em Brasília, da reunião do Departamento de Saúde Suplementar (DSS), da Confederação Nacional de Saúde (CNS), entidade a qual a Federação é associada. Na pauta do encontro foram tratados temas que estão em discussão pelo segmento da saúde em todo o país: a implantação da nova versão da TISS e TUSS; a implantação da Instrução Normativa (IN) 49; e a relação dos prestadores de serviços com as operadoras de saúde.
A efetiva implantação da versão 3.0 da TISS em 1º de dezembro pelos prestadores de serviços e operadoras de saúde ainda sofre com as pendências existentes, especialmente nos itens que compõem a TUSS – Tabela Unificada da Saúde Suplementar. Segundo o Diretor Executivo da FEHOSUL, Dr. Flávio Borges, que acompanhou a reunião, a codificação de materiais e medicamentos ainda não está completa e estão sendo feitos estudos para validar esses códigos.
“A FEHOSUL contribuiu ao avaliar 200 itens para a tabela de materiais, a pedido da CNS. Outras federações também estão analisando códigos de outras relações a fim de consolidar a TUSS para a realidade dos prestadores de serviços”, declarou o diretor.
O Diretor Executivo acrescentou ainda que, em função das indefinições que a TUSS tem apresentado e do despreparo do setor na implantação da nova versão, surge a expectativa de que poderá haver a prorrogação do prazo para a implantação da TISS e TUSS – que em princípio está marcada para o dia 1º de dezembro.
Outra questão discutida, ainda sobre a TISS e TUSS, é quanto a definição dos papeis que deverão ser trocados entre prestadores de serviços e operadoras, após a entrada em vigor do padrão 3.0. A principal novidade da mudança é a troca de informações entre os agentes feita integralmente via eletrônica. Porém, segundo os dirigentes do Departamento de Saúde Suplementar, existem documentos que serão enviados às operadoras e vice-versa, ainda no formato de papel, porque dependem de assinaturas dos beneficiários, por exemplo.
Diante desta indefinição, o DSS irá consultar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que o órgão defina quais são esses papeis obrigatórios e faça uma Instrução Normativa com essas regras.
IN 49
Sobre a Instrução Normativa 49, os participantes da reunião debateram várias alternativas para a solução da questão do reajuste periódico que deve estar nos novos contratos definido pela instrução.
Entre os modelos apresentados, o que ganhou força entre os representantes das Federações, é a proposta de criar uma cesta de índices para o reajuste anual, caso prestadores e operadoras de saúde não cheguem a nenhum consenso na época da renovação.
Segundo a proposta, 90 dias antes do prazo da negociação, prestadores e operadoras devem começar os entendimentos sobre o índice do reajuste. Se até o final do prazo não chegarem a um acordo, a média dessa cesta de índices seria aplicada, podendo gerar percentuais para instituições que fossem acreditadas; que integrassem o Qualiss; e que tivessem controle para as Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME).
Uma novidade apresentada na reunião foi que, a partir de setembro deste ano, as operadoras de saúde com mais de 100 mil beneficiários, poderão publicar em seus guias e na internet, quais são os prestadores de serviços – hospitais, clínicas e laboratórios – de sua rede credenciada, que tem algum tipo de certificação. A autorização para que isso seja feito deve ser dada pela instituição de saúde.