Gestão e Qualidade, Jurídico, Tecnologia e Inovação | 8 de junho de 2024

IA registra mais de 90% de precisão na detecção de ameaças cibernéticas, diz estudo da EY

“A cibersegurança precisa ser vista como a integração de diversos serviços que farão com que a empresa esteja preparada para prevenir, detectar e responder rapidamente a um incidente”, explica Daniela Ceschini, associate partner da EY em Cybersecurity,
IA registra mais de 90% de precisão na detecção de ameaças cibernéticas, diz estudo da EY-

A inteligência artificial está sendo cada vez mais usada para proteger as empresas das ameaças cibernéticas. Análise da EY baseada em 69 estudos publicados entre 2015 e 2020 demonstra precisão média superior a 90% na detecção de spam, malware e invasões de rede. Essa porcentagem é um dos destaques do estudo 2024 Global Cybersecurity Leadership Insights, que entrevistou líderes em cibersegurança de empresas provenientes de cinco setores econômicos e atuantes nas Américas; Ásia-Pacífico; e Europa, Oriente Médio, Índia e África. Essa capacidade da IA é decorrente principalmente da aprendizagem profunda ou deep learning que permite a essa tecnologia analisar volume maior de dados e mais heterogêneo em tempo real.


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“O autotreinamento com aprendizado constante está acelerando a automação. A IA tem ajudado as equipes cibernéticas a monitorar continuamente as redes e aplicações, por meio da prevenção e detecção das ameaças quase em tempo real. Isso leva a uma resposta mais rápida aos incidentes de segurança caso eles ocorram”, diz Demetrio Carrión, sócio-líder da EY Latam para cibersegurança. Essa utilização da inteligência artificial em cibersegurança não pode ser considerada recente. O levantamento da EY constatou aumento acentuado na investigação, nas patentes e nos investimentos cibernéticos relacionados com IA desde 2015. A IA faz parte agora de 59% das patentes cibernéticas e representa a principal tecnologia em cibersegurança desde 2017.


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Há, no entanto, muitas empresas que ainda não se organizaram para contar com um esforço estruturado voltado para a cibersegurança. No Brasil, o grau de maturidade corporativa é apenas mediano, de acordo com estudo recente da Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) em parceria com o The Security Design Lab (SDL).


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Em uma escala de zero a dez, as 109 companhias pesquisadas de setores como agronegócio, educação, energia, financeiro, óleo e gás, saúde e tecnologia alcançaram uma nota média de 4,9. Mais de quatro em cada dez (42%) não têm um plano de resposta a incidentes de segurança; 65% não orientam a equipe para lidar com esses tipos de incidente; e 73% não dispõem de mecanismos de controle de acesso para alguns dos seus sistemas.

Serviços integrados de cibersegurança

“A cibersegurança precisa ser vista como a integração de diversos serviços que farão com que a empresa esteja preparada para prevenir, detectar e responder rapidamente a um incidente”, explica Daniela Ceschini, associate partner da EY em Cybersecurity, que atua no Cyber Fusion Center (CFC), uma evolução do Security Operation Center (SOC), por integrar funcionalidades essenciais como resposta a incidentes, análise forense, inteligência de ameaças cibernéticas, gerenciamento de riscos de terceiros e gestão de crises. Entre esses serviços está o Cyber Threat Intelligence, que faz a busca na deep e na dark web para identificar potenciais ameaças para as empresas e seus executivos. “A partir do momento que a empresa é citada em alguns desses fóruns, ela pode ligar o sinal de alerta como forma de intensificar os esforços em cibersegurança”, diz Daniela.


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Destaque também para os testes de invasão no ambiente da empresa. Chamadas de ethical hacking, essas simulações podem ser feitas por meio de phishing, aqueles e-mails ou links que, ao serem abertos, costumam levar a uma invasão do sistema.


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“Há o fator humano que é considerável nesses casos. Por isso, esse teste serve também para treinar os colaboradores para que eles não sejam enganados pelos cibercriminosos. Verificamos, ainda, o grau de resiliência da empresa, ou seja, se ela sabe exatamente o que precisa ser feito em um incidente de segurança para retomar rapidamente o controle dos seus sistemas e ambientes de acesso”, finaliza Daniela.

ISO 27001

O Cyber Fusion Center, da EY, recebeu recentemente a certificação ISO 27001, que define os requisitos, processos e normas a serem seguidos para garantir uma gestão de segurança da informação eficaz. “A certificação abrange toda a jornada do cliente – desde a implementação até os serviços gerenciados. Com ela, fechamos o ciclo completo de cibersegurança, oferecendo um caminho integrado e contínuo do começo ao fim”, diz Marcia Bolesina, sócia de cibersegurança da EY Brasil.

 



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