Mundo | 18 de janeiro de 2013

Gestão privada da saúde se estende na Espanha

Extremadura, Castilla-La Mancha e Galícia seguem os passos de Madrid e Valencia
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A administração  do setor privado vem sendo ampliada sobre a rede de saúde pública na Espanha. Embora esta tendência nem sempre se manifeste de forma tão explícita, como ocorreu em Madrid, com a entrega de uma só vez do controle total de seis hospitais para o setor privado, a fórmula das privatizações começa a conquistar outras regiões do país.

Recentemente, Castilla-La Mancha, La Rioja e Extremadura foram algumas das últimas comunidades que juntaram-se a corrente de privatizações que começou em Madrid e em Valencia, esta última em 1999. As estratégias de privatização também contam com exemplos recentes em Castilla e León, Galícia e as Ilhas Baleares. O caso da Catalunha, onde também avançam medidas privatizantes, é diferente, devido a natureza do sistema de gestão da saúde da província (Estado), tradicionalmente uma parceria público privada muito forte.

Um documento da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta que o caminho para enfrentar a crise econômica na Europa é fortalecer as parcerias público privadas. Com as dificuldades econômicas enfrentadas pelos governos e com os modelos de gestão usualmente mais eficientes da iniciativa privada, a união dessas duas forças é uma solução que pode dar certo.

Porém, para os críticos desse tipo de parceria, a crise mundial não é uma desculpa que deva ser utilizada para enfraquecer os sistemas públicos de saúde e aproveitar as oportunidades de negócios que surgem.

Em Castilla-La Mancha, por exemplo, o governo local escolheu a modalidade de concessão administrativa, quando todo o atendimento da população é repassado para a responsabilidade de uma empresa privada. O custo pelo atendimento é de 639 euros por pessoa, por mês.

Já em Extremadura, o governo optou pela fórmula de concessão administrativa para dois dos hospitais locais. Mas, diferente do que foi feito em Castilla-La Mancha, o repasse será apenas das áreas que não são assistenciais, mantendo o atendimento e cuidados da saúde da população sob o controle estatal.

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