Gestão e Qualidade | 19 de junho de 2025

Gestão de serviços do SUS por organizações sociais tem alto índice de acreditação, diz estudo

Levantamento inédito realizado pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde em parceria com o Instituto Ética Saúde e a Organização Nacional de Acreditação também revela que 99% das unidades analisadas possuem programas de segurança do paciente.
Gestão de serviços do SUS por organizações sociais tem alto índice de acreditação, diz estudo

Um levantamento realizado pelo Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde) em parceria com o Instituto Ética Saúde (IES) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) revela que 68,9% dos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) sob gestão das principais Organizações Sociais de Saúde do país possuem selos de acreditação.


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O alto índice demonstra a preocupação de entidades do terceiro setor que firmam contratos com secretarias municipais e estaduais de saúde em garantir e comprovar a qualidade e a segurança proporcionada aos pacientes nas unidades.


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O levantamento utilizou uma amostragem de 219 serviços de saúde, entre hospitais, ambulatórios, Unidades Básicas de Saúde, UPAs (Unidades de Pronto-atendimento), laboratórios e outros, dentre as entidades associadas ao Ibross, o que representa 12% do total de 1,8 mil equipamentos sob a gestão de organizações sociais no país. As associadas do Ibross respondem por cerca de 50% do total de serviços no Brasil sob gestão de organizações sociais.


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Conforme o estudo, 56,6% dos serviços certificados na amostra analisada possuem acreditação expedida pela própria ONA e os demais, por instituições como JCI (Joint Comission International), Qmentum (Quality Global Alliance) e ACSA (Association of Clinical Safety Assessment), entre outras.

Do total de unidades acreditadas, 76% receberam a certificação há menos de cinco anos, 14% possuem o selo entre seis e dez anos e outros 10% há mais de 10 anos.

Ainda segundo o levantamento, 88,6% das unidades de saúde geridas pelas principais OSS do país realizam periodicamente treinamentos relativos à segurança do paciente e 99% possuem programas de segurança dos usuários. Também foi constatado que 95,4% dos serviços possuem protocolos e fluxos de trabalho padronizados para procedimentos clínicos.  O número de serviços de saúde sob gestão de OSS que estabeleceram um programa de capacitação de colaboradores representou 97,3% do total.

Mais da metade (50,7%) dos serviços de saúde pesquisados estão localizados no estado de São Paulo, seguidos por Minas Gerais, com 25%, e Pernambuco, com 11%. Ceará (6,4%), Goiás (3,7%) e Bahia (3,2%) completam o quadro.

“A iniciativa é mais uma ação que estas três instituições realizam em conjunto visando o fortalecimento do SUS e o modelo de OSS. O objetivo é espalhá-lo cada vez mais pelo Brasil para, na ponta, fazer a diferença na qualidade dos serviços prestados. Os números podem ser considerados positivos, mostrando que estamos no caminho certo para transformar um cenário de desafios numa jornada de qualificação contínua e de impactos concretos na assistência aos usuários da rede pública de saúde”, diz o presidente do Ibross, Sergio Daher.

Segundo ele, ao mapear os valores obtidos, foi possível obter novas percepções sobre obstáculos, metas estratégicas e práticas de monitoramento. “A pesquisa abrangeu instituições de diversas regiões do país, permitindo uma visão representativa do panorama nacional e um maior planejamento de ações estruturantes voltadas a projetos de apoio específicos a cada localidade”.

Ainda conforme o presidente do Ibross, mais do que um levantamento, as informações obtidas configuram-se como base estratégica para desenvolver e aprofundar as políticas de incentivo à qualificação das OSS, impulsionando a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de avançar na implantação de uma cultura de excelência e que gere confiança na população.

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