Gastos em saúde crescem no Brasil mas não são suficientes
Mesmo com o aumento dos investimentos no país nos últimos anos, o Brasil ainda continua abaixo da média mundial
Os investimentos com saúde no Brasil pouco aumentaram nos últimos dez anos conforme um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2000, o país investia 4,1% do seu orçamento na saúde. Em 2009, o percentual subiu para 5,9%, mas ficando ainda muito abaixo da média mundial que é de 14,3%. O valor investido pelo país pode ser comparado com a média dos países africanos.
Em 2000, o governo aplicava, em média, US$ 107 para cada brasileiro, por ano. Esse valor passou para US$ 320 dez anos depois, mas continuou abaixo da média mundial que, na época, era de US$ 549. Nos países europeus, os gastos médios dos governos com cada cidadão chegam a ser 25 vezes superior aos do Brasil. É o caso de Luxemburgo, onde se gasta mais de US$ 6,9 mil por habitante.
Outro dado apontado pelo levantamento da OMS é que o Brasil é um dos 30 países – entre os 193 analisados pela organização – onde a população paga do seu próprio bolso 56% dos gastos com saúde. Os investimentos do governo brasileiro com saúde ainda é menor que a média mundial (40%), equiparando-se, novamente, ao de países africanos. Em 2000, esse índice era ainda maior, quando 59% dos custos da saúde eram pagos pelo brasileiro. Nos países ricos, apenas um terço dos custos da saúde são arcados pelos cidadãos.