Política | 27 de agosto de 2012

Gastos em saúde crescem no Brasil mas não são suficientes

Mesmo com o aumento dos investimentos no país nos últimos anos, o Brasil ainda continua abaixo da média mundial
calculadora gastos_portal

Os investimentos com saúde no Brasil pouco aumentaram nos últimos dez anos conforme um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2000, o país investia 4,1% do seu orçamento na saúde. Em 2009, o percentual subiu para 5,9%, mas ficando ainda muito abaixo da média mundial que é de 14,3%. O valor investido pelo país pode ser comparado com a média dos países africanos.

Em 2000, o governo aplicava, em média, US$ 107 para cada brasileiro, por ano. Esse valor passou para US$ 320 dez anos depois, mas continuou abaixo da média mundial que, na época, era de US$ 549. Nos países europeus, os gastos médios dos governos com cada cidadão chegam a ser 25 vezes superior aos do Brasil. É o caso de Luxemburgo, onde se gasta mais de US$ 6,9 mil por habitante.

Outro dado apontado pelo levantamento da OMS é que o Brasil é um dos 30 países – entre os 193 analisados pela organização – onde a população paga do seu próprio bolso 56% dos gastos com saúde. Os investimentos do governo brasileiro com saúde ainda é menor que a média mundial (40%), equiparando-se, novamente, ao de países africanos. Em 2000, esse índice era ainda maior, quando 59% dos custos da saúde eram pagos pelo brasileiro. Nos países ricos, apenas um terço dos custos da saúde são arcados pelos cidadãos.

VEJA TAMBÉM