FEHOSUL promove evento comemorativo em alusão aos 35 anos de trajetória da entidade
Atividade terá evento científico, premiação Destaques da Saúde e coquetel.
A Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL) promove a 15ª edição do seu tradicional evento Seminários de Gestão na próxima sexta-feira (6 de dezembro), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. A edição é comemorativa aos 35 anos da entidade, completados neste ano. Após o evento científico a entidade promove a premiação Destaques da Saúde 2024, com distinções a instituições e personalidades da saúde gaúcha e nacional, seguido de coquetel.
O Seminários de Gestão tem palestrantes de renome. A primeira palestra será de André Chiga (Presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Executivos – Sobramex), que falará sobre a SAÚDE DO FUTURO. GOVERNANÇA CLÍNICA E GESTÃO BASEADA EM VALOR será o tema da segunda apresentação, com Breno Duarte (Diretor de Relacionamento com o Mercado no Grupo IAG Saúde) como expositor. O painel seguinte será com Ivanor Duranti (Diretor de Crédito do Banrisul) que apresentará SOLUÇÕES FINANCEIRAS PARA O SEGMENTO DA SAÚDE. Na sequência, Vania Rohsig (Superintendente Assistencial e de Educação do Hospital Moinhos de Vento) abordará o tema TENDÊNCIAS DA JORNADA DO CUIDADO NA GESTÃO ASSISTENCIAL. O painel INTEROPERABILIDADE E A IA COMO ACELERADORES DA SAÚDE DO FUTURO ficará a cargo de Charles Ataíde (CIO da Santa Casa de Porto Alegre). E por fim, Eliana Herzog (Advogada com atuação em Governança Corporativa, Compliance e Privacidade de Dados) discutirá sobre GOVERNANÇA E COMPLIANCE NA SAÚDE. Os mediadores dos debates serão Odacir Rossato (Diretor da FEHOSUL e CEO do Hospital Ernesto Dornelles) e Daniele Curtinove (Diretora de Relacionamento com o Mercado do Hospital Mãe de Deus).
35 anos FEHOSUL
“Estamos comemorando este ano 35 anos. São mais de três décadas e meia de desafios, mas principalmente de conquistas e iniciativas de sucesso que contribuíram para o desenvolvimento de uma saúde de mais qualidade, tanto na gestão como na assistência. O Sistema FEHOSUL, composto por Sindicatos ao redor do nosso Estado, sempre foi uma entidade com um olhar muito atento para as inovações e novidades do setor. A disseminação do conhecimento sempre pautou nossas ações. A saúde gaúcha hoje é uma das mais desenvolvidas do Brasil, reconhecida pela qualidade em gestão, assistência, pesquisa e formação de lideranças”, destacou o presidente da entidade, Cláudio Allgayer.
Com os debates ocorridos na fase de elaboração da atual Constituição Federal, entre os anos de 1987 e 1988, os então dirigentes da Associação dos Hospitais do Rio Grande do Sul (AHRGS) verificaram que o setor patronal da saúde, em nosso Estado, estava sub representado, em termos sindicais – existiam apenas os sindicatos de hospitais de Porto Alegre e de Pelotas. Nessa época o RS contava com 333 municípios, contra os 497 atualmente. Por outro lado, a nova Carta Constitucional, que estava sendo redigida, concedia aos sindicatos uma maior abrangência de atuação no marco da reconquista das liberdades individuais e sociais consagrada no Estado Democrático de Direito.
O então presidente da AHRGS, Dr. Paulo Maciel encarregou o diretor da entidade Cláudio Allgayer, de transformar as secções regionais da entidade hospitalar em sindicatos patronais autônomos, representativos da categoria de hospitais, clínicas e laboratórios, nas diferentes regiões de nosso Estado.
O primeiro sindicato constituído sob este movimento foi o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Serrana, com sede em Cruz Alta, fundado no dia 17 de dezembro de 1988, que elegeu como seu primeiro presidente o médico Pedro Westphalen, atual deputado federal pelo PP/RS e vice-presidente da CNSaúde que na época ocupava o cargo de Diretor do Hospital Santa Lúcia, de Cruz Alta.
Subsequentemente, nos três meses seguintes foram criados mais quatro Sindicatos regionais de hospitais e estabelecimentos de saúde, os quais constituíram, nos termos da legislação, o núcleo que formatou a fundação da FEHOSUL.
Atualmente, a FEHOSUL é constituída por 9 sindicatos filiados, os quais apresentam base territorial que abrange todo o Rio Grande do Sul.
Os primeiros sindicatos e seus presidentes
REGIÃO NORDESTE: o primeiro presidente foi o economista Armando Piletti, então administrador do Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves.
REGIÃO FRONTEIRA: O pecuarista e contador Ilso Menegás, provedor da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito – Hospital São Luiz, foi o primeiro presidente.
REGIÃO SERRANA: Pedro Westphalen, diretor do Hospital Santa Lúcia, de Cruz Alta. Atualmente é vice-presidente da CNSaúde, em Brasília.
PLANALTO MÉDIO E ALTO URUGUAI: presidido por Ilário Jandir de David, administrador do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo.
LITORAL: João de Almeida Pereira, presidente do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, de Torres.
Fatos históricos
– Em 1990 a FEHOSUL é admitida na Federação Nacional de Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS).
– Ainda em 1990 o Sindicato de Laboratórios de Análises Clínicas filiou-se à FEHOSUL.
– Em 1991, mais três sindicatos patronais se unem à FEHOSUL, das regiões Sul, Centro e Vale do Rio Pardo e Taquari.
– Em 1992 é fundado o Sindicatos dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Grande Porto Alegre, com o então presidente, o médico Antônio Carlos Pinto Messias.
– No mesmo ano, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Pelotas filia-se à FEHOSUL.
– No ano de 1994, é fundada a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), em Brasília. A FEHOSUL, juntamente com a FEHOSPAR (Paraná) e a FENAESS são as federações fundadoras da entidade máxima de representação patronal da saúde no Brasil.
– Em 1994, o Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre (SINDIHOSPA), até então filiado à Federação do Turismo e Hospitalidade, é admitido na FEHOSUL.
– 1997: A entidade lança a primeira feira de negócios da saúde no Rio Grande do Sul em parceria com a AHRGS, o Sul Saúde.
– 2016: Lançamento do Seminários de Gestão, evento em parceria com o Sindihospa que traz ao Estado nomes de peso da saúde nacional, como Paulo Chapchap, Jorge Moll, Paulp Hoff, Francisco Balestrin, entre outros.
– 2018: FEHOSUL, com apoio da ONA, lança projeto para incentivar a acreditação em saúde, com importante adesão de filiados. Tal movimento levou conhecimento sobre segurança do paciente e qualidade em saúde no RS.
– Anos 2021-22: Covid-19 e metas SUS – A entidade desenvolveu com sua equipe de técnicos estudos e justificativas que ajudaram a embasar a Lei nº 13.992/20, apresentada pelo deputado federal e vice-presidente da CNSaúde, Pedro Westphalen. A mesma suspendeu por 120 (cento e vinte) dias, a contar de 1º de março de 2020, a obrigatoriedade da manutenção das metas quantitativas e qualitativas contratualizadas pelos prestadores de serviço de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a pandemia, cirurgias, por exemplo, tiveram que ser canceladas, deixando os hospitais sem condições de atender as metas estipuladas. Com o prosseguimento da pandemia no ano posterior, a medida foi ampliada para um período maior, encerramento somente em data próxima ao anúncio do fim da pandemia.
– 2022: Na pandemia a entidade, juntamente com o seus Sindicatos, conseguiu manter um nível satisfatório e seguro no abastecimento de medicamentos em hospitais através de ações e reuniões entre os filiados e fabricantes.
– 2023: Atuando em parceria com a CNSaúde, as entidades patronais do setor privado conseguiram demonstrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a Lei do Piso de Enfermagem, da forma como foi publicada pelo governo federal iria ocasionar o fechamento de hospitais e clínicas em todo o Brasil, principalmente pelas discrepâncias econômicas e realidades salariais de regiões mais pobres e afastadas dos grandes centros. Assim, em dezembro de 2023, o Plenário do STF decidiu que a implementação do piso salarial da enfermagem deve ocorrer de forma regionalizada, mediante negociação coletiva nas diferentes bases territoriais e nas respectivas datas-bases.
– 2023-2024: Em parceria com a Federação RS, a FEHOSUL vem pleiteando melhores condições para os hospitais e clínicas que atendem o IPE Saúde. Em um movimento inédito, hospitais deixaram de atender o IPE diante de nova remuneração implementada pela autarquia sem a devida negociação com os prestadores. A medida unilateral do IPE, fez com que 18 hospitais – que representam 60% dos atendimentos hospitalares do IPE – suspendessem os atendimentos não urgentes por um breve período, em função de vultosos prejuízos decorrentes da medida adotada pelo governo estadual. Porém, em função da enchente que assolou o Rio Grande do Sul em maio deste ano, os hospitais cancelaram a paralisação para garantir atendimento à população gaúcha. As negociações seguem acontecendo.
– 2024: A FEHOSUL apoiou ações em todo o RS para ajudar hospitais e clínicas atingidas pela enchente de maio, principalmente em cidades como Porto Alegre e Canoas. Atividades como busca de mantimentos, medicamentos e demais doações, assim como reuniões periódicas com autoridades dos governos Estadual Federal para prestar apoio às empresas atingidas e aos seus profissionais.
