A diretoria da FEHOSUL e o presidente Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas do RS (Sindilac), Mauro Geyer, receberam nesta quinta-feira, 6, o superintendente regional da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas-RS), Aldo Rossi, e os diretores Paulo Malabarba e Leandro Generali. Na pauta do encontro estavam as adequações dos contratos mediante os termos da Instrução Normativa (IN) 49 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o realinhamento de preços da área de Análises Clínicas.

A reunião foi agendada após o envio de correspondência com conjunto pela FEHOSUL e o Sindilac, solicitando o encontro para discutir sobre  a remuneração dos Laboratórios de Análises Clínicas.

Para os dirigentes da Unidas-RS, as regras da ANS não atingem todos os filiados do grupo, somente aquelas operadoras de direito privado, mas o Grupo, que reúne 27 operadoras de saúde, está sempre atento aos movimentos do mercado de saúde e suas variações, objetivando a viabilidade e a sustentabilidade dos players. Uma preocupação dos seus dirigentes é sobre uma possível reindexação dos preços, mas admitem que haja vários exames que devem ter sua remuneração revisada.

A FEHOSUL afirmou, categoricamente, que vai interferir sobre esse mercado que está remunerando abaixo da realidade aos prestadores de saúde, para que ocorram as necessárias adequações que gerem relações mais estáveis e justas entre as operadoras e os prestadores de serviços.

Mesmo com essa questão da remuneração que é antiga e precisa ser solucionada com brevidade, a Unidas-RS destacou o bom relacionamento que mantém com a FEHOSUL, hospitais e estabelecimentos de saúde, sempre com tratativas exitosas, como o caso da CMED 3, cuja solução foi prontamente atendida pelo grupo, no final de 2011, segundo os dirigentes da Unidas-RS.

A diretoria da FEHOSUL e do Sindilac informaram que vão buscar um índice de reajuste anual sem deflator conforme o espírito da IN 49. “Também vamos buscar uma recomposição de preços necessários para as áreas de Análises Clínicas, Patologia e outros. É o início do processo de negociação”, declarou o presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer, que comandou a reunião.

Diante do cenário com uma realidade desoladora, os dirigentes da Unidas-RS concordaram que o último acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica é de 1997 e, desde então, as remunerações estão congeladas. “Mas insistimos que nossa prática de remuneração está de acordo com o mercado e não nos consideramos tão defasados”, afirmou o superintendente da Unidas-RS.

A Unidas-RS solicitou um estudo identificando os itens com maior defasagem e demanda na tabela do grupo, que será tratado em um próximo encontro. O trabalho será realizado pela FEHOSUL, pelo Sindilac e pelos integrantes dos grupos de Patologia, Hemoterapia e demais grupos de especialidades  da Federação.

Atualmente, a Unidas-RS tem 300 mil vidas no Estado e 27 entidades filiadas e entre eles: Cabergs; Geap; Saúde Caixa; Assefaz, entre outros.