Gestão e Qualidade, Tecnologia e Inovação | 27 de dezembro de 2022

Equipamento de baixo custo pode revolucionar o diagnóstico do câncer de colo do útero 

Pesquisa é desenvolvida em parceria pela Rice University (USA), M.D. Anderson Cancer Center (USA), Calla Health (USA), Santa Casa de Porto Alegre e Hospital do Câncer de Barretos
Pesquisa desenvolve equipamento de baixo custo que pode revolucionar o diagnóstico do câncer de colo do útero 

Um projeto de pesquisa desenvolvido em parceria pela Rice University (Houston, USA), University of Texas M.D. Anderson Cancer Center (Houston, USA), Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Hospital do Câncer de Barretos e Calla Health (Durham, USA) pode representar um grande avanço no diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero.

O objetivo do projeto é desenvolver e validar um Colposcópio Multimodal Portátil para programas de diagnóstico e prevenção de câncer do colo. O equipamento capta imagens e identifica automaticamente regiões com suspeita de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. Nestes locais, capta imagens microscópicas dos núcleos destas células suspeitas e identifica as melhores áreas para a realização de biópsia, otimizando de maneira importante os diagnósticos.


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Segundo o pesquisador Richard Schwarz (ao da foto, centro-lado esquerdo), da Rice University, que esteve na Santa Casa na última semana, o desenvolvimento do algoritmo (software) do equipamento foi concluído a partir de um estudo que envolveu 300 pacientes. “Agora estamos validando a performance geral do equipamento na indicação de biópsias e identificação de áreas de maior risco em um estudo que envolve 760 pacientes”.

Para a médica Mila Salcedo, pesquisadora do serviço de ginecologia e obstetrícia da Santa Casa de Porto Alegre e do MD Anderson Cancer Center (USA), o projeto pode ser um divisor de águas. “É importante lembrar que um diagnóstico rápido e preciso está diretamente ligado a maiores possibilidades de tratamento e cura do câncer, mesmo em áreas e países com menos recursos. Ainda temos um bom caminho a percorrer, mas as perspectivas são animadoras”, conclui a pesquisadora.

Crédito: Carlos Saldanha (Santa Casa de Porto Alegre)

 



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