Empresas de tecnologia investem no Brasil
Setor de healthcare de grandes companhias cresceu nos últimos anos e está em franca expansão
Com a crise que sacode o mercado internacional, países como o Brasil – a 5a economia do mundo – estão na mira de empresas do setor de tecnologia de informação para a área da saúde. Philips, Siemens e GE tem planos de investimentos e crescimento no país para este e os próximos anos.
Para a área de Healthcare da Philips, a desaceleração da economia mundial impactou várias empresas, entre elas a própria Philips que acabou depositando suas expectativas em países como o Brasil, Índia e a China, com perspectivas de crescimento maiores que Estados Unidos e Europa, por exemplo. O segmento de Healthcare na Philips representa cerca de 40% do faturamento mundial e é considerado o principal setor quando o assunto é rentabilidade.
A Philips adotou uma importante política nos últimos anos que é a de realizar aquisições de empresas menores. De 2008 até hoje foram quatro grandes movimentações desse tipo. Uma delas, a VMI, na parte de diagnóstico por imagem, que deu à empresa infraestrutura para fazer a montagem e produção nacional de ressonâncias, tomografias, ultrassom, aparelhos de raio X e hemodinâmicas no país. Outra aquisição foi a Dixtal com a parte de monitoração que, neste ano, fará uma série de lançamentos na parte de ventilação e anestesia fazendo com que a Philips aumente ainda mais sua participação no mercado de cuidados ao paciente, presente nos setores público e privado.
SIEMENS
A companhia investe globalmente cerca de R$ 3 bilhões em P&D para trazer ao mercado inovações e tecnologias de ponta. O setor de Healthcare da Siemens lançou recentemente a Agenda 2013, uma iniciativa global para expandir sua capacidade inovadora e se tornar mais competitivo. A Agenda 2013 surge para atender os desafios do mercado e as mudanças do setor e inclui medidas tendo como objetivos a inovação, a presença regional, a competitividade e o desenvolvimento de recursos humanos a serem implantados nos próximos dois anos. Isso abrange ainda maiores investimentos no desenvolvimento de produtos e ampliação das atividades de vendas nos mercados em crescimento.
“O clima econômico em alguns dos países industrializados está exacerbando ainda mais as pressões sobre custos nos seus sistemas de saúde. Isso tem um impacto direto no mercado da tecnologia médica, pois na maioria dos países, as despesas com a saúde são pelo menos em parte, custeadas pelo governo. Nesse meio tempo, muitas economias emergentes estão alocando fundos significativos para desenvolver suas respectivas infraestruturas de saúde. A transformação global do setor de saúde nos apresenta um grande leque de oportunidades, desafios, os quais tentamos sistematicamente atender com nossa Agenda 2013”, comentou Hermann Requardt, CEO do Setor Healthcare da Siemens.
Os objetivos do setor de Healthcare da Siemens incluem ampliar ainda mais o portfólio de sistemas no segmento de preços médios desenvolvendo a próxima geração de soluções de TI que aumentam a eficiência e possa expandir a presença regional nos mercados emergentes em rápido crescimento. Na área da radioterapia, a Siemens vai focar mais de perto para fortalecer ainda mais sua posição de liderança na produção de imagens. Por esse motivo, a empresa não pretende descartar a otimização do dimensionamento no negócio com aceleradores lineares.
GE
Em junho deste ano a GE anunciou a aquisição da empresa mineira XPRO, fabricante de raios-X, com ênfase em cardiologia, neurologia e radiologia intervencionista. Combinando o portfólio de produtos das duas empresas e o know how em suas áreas de atuação, a aquisição amplia a oferta de soluções no Brasil, além de criar uma plataforma abrangente que endereçará os desafios de acesso e qualidade em segmentos de raios-X intervencionistas.
Anualmente, a GE investe US$ 1 bilhão em P&D para apresentar ao mercado novas soluções. Além desse valor, a empresa também tem o compromisso de investir, até 2015, outros US$ 6 bilhões no desenvolvimento de novas tecnologias, parcerias e soluções para endereçar as três principais necessidades em saúde que são: melhoria da qualidade, ampliação do acesso e redução dos custos dos sistemas de saúde.