Emergência Hospitalar: com 90,7% de ocupação de leitos, RS aciona última fase de Plano de Contingência Hospitalar
Entre as ações, a transformação de leitos emergenciais em UTI e a convocação de profissionais de outras áreas para atender casos de Covid-19Nesta quinta-feira (25), entrou em operação a Fase 4 – Nível C do Plano de Contingência Hospitalar Estadual, a partir de divulgação oficial efetuada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS). Com a medida, será acionado o Plano de Emergência Hospitalar. Esta é a última fase do Plano, ou seja, a mais crítica. O RS registra o índice alarmante de 90,7% de ocupação dos leitos de UTI.
O Plano de Emergência Hospitalar, com fundamento no Decreto Nº 55.240, de 10 de maio de 2020, prevê as seguintes medidas:
– Suspensão imediata das Cirurgias Eletivas, excetuando-se as cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente;
– Operacionalização de leitos emergenciais em nível de Salas de Recuperação e UTIs Intermediárias;
– Ocupação de áreas disponíveis e convocação de equipes técnicas, especialmente equipes médicas e de enfermagem, se necessário;
– Uso de toda a estrutura hospitalar disponível para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.
Com a medida, leitos emergenciais deverão ser transformados em UTI, em todos os hospitais gaúchos. Ainda, está autorizada a convocação de profissionais de outras áreas disponíveis para atenderem casos de Covid-19.
No documento, assinado pelo Diretor do Departamento de Regulação Estadual da SES/RS, Eduardo Elsade, e pela Diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES/RS, Lisiane Wasem Fagundes, as instituições foram convocadas para o acionamento imediato do Plano de Emergência Hospitalar.
Em apresentação na última sexta-feira (19), Elsade já havia alertado que o RS estava prestes a entrar na Fase 4 no Plano de Contingência Hospitalar. Na ocasião, ele explicou que se o aumento de 250 leitos de UTI para Covid-19 realizado nos últimos não fosse suficiente – como se confirmou -, o Plano indicava a adoção das ações citadas acima.
“Se a expansão de 250 leitos não for suficiente, lançaremos mão do plano de emergência dos hospitais. Toda a rede de hospitais do RS será contatada e será instada a colocar em operação leitos de UTI emergenciais, utilizando leitos de sala de recuperação e leitos de UTIs emergenciais, inclusive, se necessário, convocando equipes médicas, como anestesistas, internistas, para que possamos expandir ao máximo a rede do Rio Grande do Sul. Esperamos que não chegue a esse ponto, mas o estado está preparado para um agravamento dessa pandemia, se assim se comportar”, garantiu Elsade, na ocasião.