Em cirurgia inovadora na região, paciente opera os dois lados do quadril em um só procedimento
Na artroplastia total de quadril, também chamada de prótese total do quadril, o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por próteses.Se a artrose em um dos lados do quadril, que causa o desgaste das cartilagens que revestem as articulações, já limita os movimentos e traz dores ao paciente que precisa calçar um sapato ou mesmo se abaixar para pegar um objeto no chão, imagine quando a doença atinge os dois lados ao mesmo tempo. Para tratar a limitação e aliviar as dores, um procedimento cirúrgico inovador, a artroplastia bilateral de quadril, devolve a mobilidade ao paciente, que pode operar os dois lados do quadril em uma mesma cirurgia.
No dia 26 de outubro de 2024, Dr. Guilherme Basile Neto, médico ortopedista e traumatologista no Hospital Regina (Novo Hamburgo/RS), realizou o procedimento inovador no Vale do Sinos em uma paciente de 53 anos. Na artroplastia total de quadril, também chamada de prótese total do quadril, o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por próteses. “É uma paciente bastante ativa e que queria resolver os dois lados o mais rápido possível para poder voltar ao trabalho. Iniciamos então pelo lado esquerdo, o lado mais sintomático da paciente e que tomou um pouco mais de tempo, o que levou cerca de 1 hora e 30 minutos, logo após passamos para o lado direito. A cirurgia foi um sucesso e não foi necessária recuperação em UTI”, explica o médico.
Dr. Basile ainda detalha as vantagens da técnica utilizada, especialização trazida da Bélgica pelo cirurgião. “A abordagem anterior do quadril, minimamente invasiva, técnica em que sou pioneiro no Vale do Sinos, é uma cirurgia com um cuidado muito grande com partes moles e que conseguimos preservar toda a musculatura do quadril, tem um sangramento menor e reabilitação mais rápida. Outra vantagem é a questão estética: feita com o acesso biquíni, a paciente fica com um corte bem pequeno, na linha da virilha e ao longo do tempo essa marca da cicatriz acaba desaparecendo ou fica muito imperceptível”, diz.
A paciente deixou o Hospital Regina três dias depois da cirurgia já apoiando as duas pernas no chão com auxílio de um andador. “Ela sai daqui caminhando, ela treina com a equipe de fisioterapeutas do Hospital Regina essa caminhada, e retorna ao hospital 15 dias depois para tirar os pontos. A recuperação é mais intensa nas duas primeiras semanas, fazendo fisioterapia em casa ou numa clínica.”
Dr. Basile também destaca que pacientes que não tem funções laborais muito pesadas, que são, por exemplo, de área administrativa, em cerca de 30 a 45 dias já podem voltar ao trabalho. “Em 60 dias é liberada a atividade física, como musculação, alguns deles até antes e com 45 dias já estão voltando para a academia”, finaliza.