Estatísticas e Análises | 19 de janeiro de 2024

Doença cardíaca antes dos 45 anos pode aumentar o risco de demência

Com o crescimento de casos de cardiopatias em idade jovem e o envelhecimento da população, é provável que haja muitas pessoas vivendo com demência nos próximos anos.
Doença cardíaca antes dos 45 anos pode aumentar o risco de demência

Uma pesquisa publicada recentemente no Journal of the American Heart Association revelou que adultos diagnosticados com doença coronária podem sofrer um declínio cognitivo acelerado. Ao avaliar a relação entre a idade de início da cardiopatia e o desenvolvimento de demência, os pesquisadores detectaram que pessoas diagnosticadas com alterações no coração antes dos 45 anos mostraram um risco 36% maior de demência, 13% de Alzheimer e 78% de demência vascular.


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Segundo o Dr. Alexandre Soeiro, coordenador do Programa de Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco do Hcor, isso ocorre porque a doença coronariana, na maior parte das vezes, é desencadeada por placas de gordura que se formam nas paredes dos vasos e que podem levar à oclusão deles. “Já há muito tempo sabe-se que essas mesmas placas podem se desenvolver nas artérias do cérebro e, com isso, levar a lesões locais que desencadeiam demência vascular. O Alzheimer seria algo novo do ponto de vista científico e, de certa forma, inesperado”, comenta.


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O diagnóstico da doença coronariana é realizado por meio de exames de imagem e por sintomas como dor no peito ou cansaço. “Por isso, a importância de consultar regularmente um cardiologista. Ao detectar essa condição, conseguimos remediar danos maiores e evitar a progressão da doença”, comenta o especialista. “No entanto, ainda não se sabe ao certo se isso diminui a chance de demência, precisamos aguardar mais estudos”, pondera.


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Para prevenir a doença coronariana, que pode levar à demência e causar diversas outras enfermidades, é preciso investir em bons hábitos: ingerir alimentos saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, beber a quantidade adequada de água e dormir bem. “Também é importante ter controle adequado de glicemia, colesterol, pressão arterial e não fumar”, completa o especialista.

 

 

 



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