Diretor-geral da Santa Casa de Porto Alegre aponta as principais conquistas da instituição em 2020
Em série especial, Julio Matos destaca avanços - apesar do ano desafiador - e projeta 2021A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre conseguiu plantar e colher bons frutos mesmo no caótico ano de 2020, marcado pela pandemia da Covid-19. Apesar dos desafios impostos, o diretor-geral, Julio Flávio Dornelles de Matos, afirma que é importante ressaltar importantes avanços da instituição, na terceira entrevista da série especial do Setor Saúde, que conta com a participação dos gestores de hospitais e operadoras de planos de saúde do Rio Grande do Sul.
Matos pontua que, apesar das limitações impostas pela pandemia, que fizeram com que os hospitais tivessem grande dedicação aos atendimentos com Covid-19, o que fez com que cirurgias eletivas fossem suspensas, por exemplo, a Santa Casa conseguiu realizar 90% dos volumes assistenciais em relação ao ano anterior, chegando a algo em torno de seis milhões de procedimentos em 2020.
A estruturação de 100 leitos de UTI e 124 leitos ambulatoriais exclusivos para o tratamento da Covid-19 é um dos pontos enfatizados pelo diretor-geral, que avalia como uma conquista decisiva para evitar o lockdown em Porto Alegre, marcando o protagonismo da Santa Casa na saúde da capital. Na entrevista, Matos ressalta as mudanças nas relações de trabalho, detalha como os profissionais se prepararam para enfrentar a pandemia e revela os principais objetivos projetados para 2021. Confira:
Diminuição de atendimentos eletivos
“Não há dúvidas de que esta pandemia é e será um marco para a humanidade, não somente pelas inúmeras vidas perdidas, mas também pelos profundos impactos sociais e econômicos, que se farão sentir por um longo tempo”, avalia Matos.
A suspensão de procedimentos eletivos afetou toda a cadeia da saúde em 2020. Para os hospitais filantrópicos, como é a Santa Casa, foi sentido um importante impacto financeiro, diz o diretor-geral. Ele também cita que houve prejuízo financeiro em virtude da diminuição do fluxo.
“Particularmente no setor da saúde, e ainda mais especificamente nos hospitais filantrópicos, cuja obrigatoriedade legal de atendimento aos pacientes SUS implica um importante déficit financeiro e acarreta a necessidade da geração de receitas extraordinárias para o custeio da assistência, a diminuição de quase 70% nos atendimentos eletivos por particulares e convênios agravou sobremaneira nossa situação financeira, uma vez que estas são as importantes fontes de receitas. Isso sem contar a diminuição dos fluxos em nossas cafeterias, estacionamentos e outros serviços acessórios, também geradores de receitas extraordinárias”, afirma.
Capacitação: 13 mil horas de treinamento em 2020
As mudanças que a pandemia trouxe nas relações de trabalho também tiveram impacto na instituição. Matos cita a implantação do trabalho em home office, “que demandou uma série de providências de ordem operacional e legal para viabilizá-lo a um grande contingente de colaboradores de diversas categorias”. Ele também destaca a capacitação dos profissionais para o enfrentamento da pandemia: 13 mil horas de treinamentos.
“A necessidade de capacitação de nossos colaboradores para o enfrentamento da Covid-19, principalmente em áreas assistenciais, mas também da retaguarda, atingiram 13 mil horas de treinamentos. Tudo isso, claro, tendo que se equacionar as tecnologias de suporte que viabilizaram tudo isso, tanto com a aquisição de equipamentos quanto no fortalecimento e melhoria da sua infraestrutura”, explica.
Desafio de gestão: garantir EPIs e suprimentos
Um dos principais desafios impostos pela pandemia, além do aumento necessário de leitos para atender a demanda crescente de internados com Covid-19, foi garantir equipamentos de proteção individual (EPIs) e suprimentos, como anestésicos e demais medicamentos. Matos salienta a gestão assertiva da Santa Casa como fundamental.
“A rápida adaptação de muitos processos de gestão, tomando como exemplo a área de suprimentos, que passou a lidar com a escassez de muitos produtos e insumos, foi decisiva, permitindo que não tivéssemos falta de materiais essenciais, como EPIs, por exemplo, cujo consumo foi, em alguns itens, 400% superior comparado aos anos anteriores”, avalia.
Aumento de 100 leitos de UTI e 124 exclusivos para Covid-19
Apesar do cenário atípico, a Santa Casa comemora que conseguiu manter integralmente a assistência, dentro do possível. Além disso, o diretor-geral enfatiza a ampliação da oferta de leitos para atender pacientes com Covid-19, o que, de acordo com ele, foi decisivo para que Porto Alegre não entrasse em lockdown.
“No campo assistencial, mantivemos integralmente a assistência, no limite daquilo que nos foi permitido pelos órgãos reguladores, a todos os pacientes que nos procuraram ao longo da pandemia. Por outro lado, olhando pelo lado positivo dos impactos da pandemia, muito nos orgulha falar de um protagonismo que assumimos neste período, com a estruturação – viabilizada com apoio da sociedade civil, dos empresários, dos gestores municipais e também do ministério da saúde – de 100 leitos de UTI e 124 leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19, que foram decisivos no sentido de evitar-se um lockdown em Porto Alegre, possibilitando à rede assistencial o atendimento de todos os pacientes vítimas da pandemia”, afirma.
Cinco grandes conquistas em 2020
“Este não é um ano simples de avaliar, imagino que para qualquer instituição, diante do cenário de pandemia que vivenciamos”, avalia Matos. Porém, ele afirma que, apesar dos percalços ocasionados pelo ano pandêmico, também há motivos para comemorar. “É possível, e talvez até mesmo muito justo, ressaltarmos importantes avanços que tivemos na instituição”, afirma.
Matos destaca cinco grandes conquistas da Santa Casa em 2020: a instituição manteve em torno de 90% dos volumes assistenciais comparados com o ano anterior, garantindo 6 milhões de procedimentos; inauguração de nova maternidade; construção de um novo sistema de passarelas; a continuidade das obras do novo Hospital Nora Teixeira; e a gestão integral de 43 unidades básicas de saúde (UBSs) de Porto Alegre.
1) Seis milhões de procedimentos em 2020: “Mesmo com todas as restrições vividas, tivemos em orno de 90% dos volumes assistenciais em relação ao ano anterior, chegando a algo em torno de seis milhões de procedimentos ao longo dos 12 meses do ano”.
2) Nova maternidade: “Também mantivemos um ritmo acelerado em todas as obras de modernização da instituição, e, agora, em dezembro, inauguramos uma nova maternidade, com centro cirúrgico e UTI neonatal com 43 leitos, uma entrega que nos enche de orgulho”.
3) Novo sistema de passarelas: “No mês de julho, iniciamos a construção de um novo sistema de passarelas que melhorará sobremaneira a acessibilidade em todo o nosso complexo hospitalar”.
4) Avanço na construção do Hospital Nora Teixeira: “Além disso, estão em curso uma série de outras reformas e modernizações que projetam uma Santa Casa muito mais forte ainda para o futuro, em especial com a continuidade das obras do novo hospital Nora Teixeira, cuja construção já alcançou a 10º laje de um total de 15”.
O novo hospital da Santa Casa será integrado por uma nova emergência SUS exclusiva para atendimento de adultos, que terá sua área quadruplicada (de 600m² para 2.325m²) e contemplará:
– Aumento de leitos fixos na Sala de Observação com boxes individuais, de 13 para 28 (sendo três de isolamento);
– Criação de 2 Postos de Enfermagem na Sala de Observação, garantindo um atendimento mais ágil ao paciente;
– Ampliação do número de posições de medicação, passando de 12 para 18 poltronas, proporcionando mais conforto e segurança aos pacientes;
– Ampliação do número de salas de acolhimento e consultórios, sendo uma sala específica para Eletrocardiografia;
– Centro de Diagnóstico por Imagem dedicado à Emergência, que facilitará o atendimento e contará com tomografia, Raio-X e ecografias.
O novo hospital terá, ainda, 287 novos leitos e o total de 15 andares, sendo oito de internações destinados para especialidades como oncologia, traumatologia, cirurgia bariátrica e obstetrícia – incluindo UTI e cuidados intermediários – seis de infraestrutura (como nutrição e almoxarifado) e um de estacionamento. Os serviços assistenciais disponibilizados nesta estrutura irão contribuir para a sustentabilidade da instituição, bem como da nova emergência destinada exclusivamente para usuários do SUS.
5) Gestão de 43 UBSs em Porto Alegre: “No campo assistencial, a Santa Casa foi convidada e assumiu a gestão integral de 43 unidades básicas de saúde (UBSs) do município, contratando 750 profissionais para este fim e respondendo assim pela assistência básica de 500 mil pessoas em Porto Alegre. Na prática, um reconhecimento do gestor municipal da saúde à Santa Casa, que estende toda a sua expertise assistencial e de gestão para a saúde pública”.
* Em 24 de novembro a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre anunciou a contratualização da gestão de 103 unidades de saúde por três instituições: Santa Casa, Divina Providência e Associação Hospitalar Vila Nova, além da PUCRS. As mesmas passam a ser responsáveis por administrar parte da atenção primária na Capital.
2021: ano desafiador financeiramente, mas de investimentos
“Durante o período da pandemia conseguimos manter relativo equilíbrio no nosso endividamento mesmo com redução importante no segmento não SUS. O equilíbrio foi mantido à custa de contenção de investimentos com recursos próprios e com aportes do governo federal para dar suporte de parte dos prejuízos ocasionados pela pandemia. As perspectivas para o ano que vem nos remetem para continuidade das dificuldades especialmente em função da indefinição até o momento dos rumos a serem seguidos no comportamento da Covid-19. Deveremos ter um ano de muitos desafios”, avalia.
Por isso, para Matos, o equacionamento das questões financeiras será um ponto central. Entretanto, o executivo pondera que a questão financeira não difere muito de anos anteriores, “uma vez que a crise dos hospitais filantrópicos é recorrente, dada a questão do déficit gerado com o atendimento aos pacientes SUS”.
Para o diretor-geral, a retomada integral dos processos produtivos, atingindo os patamares pré-pandemia, e a perspectiva real da vacina serão fundamentais em um processo mais amplo de retorno à normalidade, bem como de investimentos essenciais para a sustentabilidade da instituição a longo prazo.
Três investimentos previstos: Centro de Medicina Robótica, passarela e nova área de gestão de suprimentos e do novo centro administrativo
De acordo com o diretor-geral, a Santa Casa prevê três importantes investimentos para 2021: a consolidação do Centro de Medicina Robótica; a conclusão da nova passarela; e a entrega de uma nova área de gestão de suprimentos e do novo centro administrativo.
Matos explica que, em 2021, serão dados os passos iniciais para a consolidação do centro de Medicina Robótica da Santa Casa, a partir de uma importante doação da sociedade empresarial gaúcha.
A Santa Casa também projeta melhorar a acessibilidade. “Iremos concluir importantes etapas do projeto de modernização da Santa Casa, incluindo a nova ambientação de leitos a conclusão da primeira fase das passarelas que interligam todos os hospitais, que melhorarão sobremaneira a acessibilidade no complexo hospitalar”, diz.
Além disso, também está projetada a entrega de uma nova área de gestão de suprimentos e do novo centro administrativo, que reunirá num mesmo local todas as áreas desta natureza da instituição. Matos ressalta que o investimento em reformas em modernizações e a consolidação como centro de excelência assistencial permitirão à instituição planejar um futuro de sustentabilidade.
“Vejo que o fundamental será mantermos a capacidade de investimento em reformas e modernizações, o que nos permitirá projetar uma Santa Casa para o futuro, tendo como ponto central a sua sustentabilidade financeira. Somente o reconhecimento como centro de excelência assistencial, com medicina de alta complexidade em diversas especialidades nos permitirá a geração das receitas que permitirão a manutenção da Instituição, com os volumes assistenciais que entrega para pacientes do SUS, a longo prazo”, avalia.
Como serão os hospitais pós-pandemia
O diretor-geral da Santa Casa entende que, no pós-pandemia, os hospitais deverão centrar seus esforços em capacitação e melhoria permanente das condições assistenciais, no menor prazo possível, como forma de desfazer o represamento criado com a pandemia.
“Concomitantemente, as instituições deverão centrar seus esforços e acelerar a consolidação de linhas assistenciais, com cuidados também no pós-alta, melhorando a resolubilidade de seus pacientes”, pontua.
No aspecto econômico, será necessário criar novos modelos de relacionamento com os compradores de serviços, estabelecendo contraprestações com relação aos desfechos, pontua Matos. Ao mesmo tempo, ele acredita que a adoção de novas tecnologia em toda a cadeia da saúde será fundamental.
“Vejo também que as relações de trabalho irão sofrer mudanças, especialmente com a adoção do home office para algumas áreas meio. Ao mesmo tempo, haverá naturalmente o crescimento da telemedicina, a partir de novas tecnologia que deverão ser agregadas, e outras formas de atendimento remoto ou presencial que representem menores riscos para pacientes e funcionários dos hospitais”, destaca.
Tendência do mercado: verticalização, fusões/aquisições e parcerias estratégicas entre hospitais
“Na realidade, estes movimentos são tendência em vários setores da economia, até porque o ganho de escala, em determinados tipos de produtos e serviços, é a única forma de tornar o negócio viável e manter a sustentabilidade a médio e longo prazos”, avalia.
O diretor-geral ressalta que o que deverá ocorrer, concomitantemente às consolidações dos movimentos de verticalização, fusões e aquisições e parcerias estratégicas, é uma especialização das instituições assistenciais, de forma que as instituições secundárias e terciárias terão o mercado potencialmente dividido por especialidades, em especial no que diz respeito à alta complexidade.
“Por exemplo, o Hospital da Criança Santo Antônio da Santa Casa é, hoje, referência em diversas especialidades de alta complexidade pediátrica, como cardiologia, cirurgia da coluna e transplantes, atendendo um grande contingente de pacientes que vêm de praticamente todo o país. Dessa forma, algo uma certificação de competências também pode ser um caminho”, afirma.
A sustentabilidade é um tema central para os hospitais filantrópicos, porque, na visão do diretor-geral, não se vislumbra uma mudança de cenário, no curto prazo, com relação ao déficit gerado pelo atendimento ao SUS.
“As receitas do atendimento de pacientes particulares e de convênios, que têm maior amplitude de opção e, portanto, “vão ao mercado” definir onde buscam sua assistência, dependem da qualidade e do nível de especialização das instituições de saúde. Assim, vejo que há tendência de as instituições de saúde buscarem o desenvolvimento de produtos específicos junto às operadoras de saúde que, por sua vez, também teriam produtos específicos para seus consumidores”, avalia.
Alternativas de telessaúde já fazem parte da rotina
A telessaúde é “um caminho sem volta”, na visão do diretor-geral. A otimização de recursos e a ampliação do alcance dos serviços prestados são vantagens apontadas pelo diretor-geral do Complexo Santa Casa.
“Com o aprimoramento da regulamentação e das ferramentas tecnológicas, outras especialidades serão viabilizadas e representará uma importante alternativa assistencial, seja para grandes cidades ou, em especial, para centros mais distantes e com poucos recursos assistenciais disponíveis, com segurança tanto para os profissionais quanto para os pacientes”, diz Matos.
Matos cita como exemplo um contrato firmado entre a Santa Casa com a prefeitura de Taquari, em agosto, para prestação de serviços de telerradiologia. O hospital municipal de Taquari possui o equipamento de radiologia, mas a leitura e o laudo dos exames são feitos por médicos do Serviço de Radiologia da Santa Casa, disponíveis 24h por dia. “São alternativas que as instituições deverão buscar para ampliar, de parte a parte, a geração de receitas e otimização dos recursos disponíveis”, diz.
LGPD
“Com relação à nova LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados, implementada em setembro de 2020), estamos implementando todas as ações previstas no novo dispositivo, incluindo a criação de comitês, a designação de responsáveis em todos os níveis corporativos, o mapeamento de processos e o desenvolvimento de ações de comunicação e conscientização para a importância do cuidado com a segurança de dados de nossos pacientes e da Instituição”, explica.
Foco em 2021: estruturação das redes regionais
Na avaliação de Matos, o próximo ano será de severas dificuldades no financiamento da assistência pública, “uma vez que os recursos de financiamento serão escassos, dado o recente cenário da pandemia, que acarretou uma necessidade de suplementação de recursos que terão que ser, de alguma forma equacionados no futuro próximo”.
Assim, o diretor-geral destaca que o foco deverá estar na estruturação e melhoria das redes regionais de saúde, no sentido de ampliar a resolubilidade dos tratamentos de saúde com menor custo e melhor qualidade, tanto no sistema público quanto no privado.
Resolver o grande represamento de atendimentos e procedimentos que ocorreram em 2020 em virtude da pandemia é um dos desafios, na visão de Matos.
Lições da pandemia
“Pode parecer lugar comum, mas creio que seja fundamental, assim como nas crises em geral, enfrentar as questões com serenidade, mas com uma boa dose de coragem, de determinação e foco no resultado esperado. A verdade é que vivemos, ainda, um período de descobertas; fomos todos surpreendidos com o novo, com o inesperado e ainda com uma significativa dose de riscos inerentes a uma pandemia”, reflete.
Matos avalia que a pandemia em 2020 foi um período também de profundos aprendizados, “desde uma certa “seleção natural” dos profissionais da instituição, onde se destacaram aqueles com uma capacidade maior de encarar dificuldades e desafios, até mesmo o exercício da tomada de decisões dentro de padrões e circunstâncias não experimentados anteriormente”.
“Outro ponto que vale ressaltar é a consolidação de uma ideia que sempre praticamos na Santa Casa de Porto Alegre. A permanente busca de parcerias e a união com todas as estruturas da sociedade civil como forma de viabilizarmos soluções para a área assistencial, em especial por termos papel fundamental no atendimento às camadas menos favorecidas da população, não somente de Porto Alegre e do RS, mas de todo o Brasil, uma vez que atendemos, por exemplo, no ano de 2019, pacientes de todos os estados do país, em especial para áreas da medicina de alta complexidade, como procedimentos cardiológicos, tratamentos de câncer e transplantes de todos os tipos, entre outros”, complementa.
Mensagem de final de ano
“Depois de um ano que exigiu muito de nós, como indivíduos e como sociedade, gostaria de desejar a todos um final de ano de muita paz e fé no futuro, assim mesmo lembrando que é importante mantermos todos os cuidados de distanciamento social, uso da máscara e outras medidas para termos nossas famílias e amigos com saúde. Tenhamos muita fé de que isso tudo vai passar. Que o novo ano nos traga dias melhores e com saúde para todos”, enfatiza.
Julio Flávio Dornelles de Matos
Advogado, Especialista em Gestão Empresarial, é natural de Santiago (RS). Atualmente, é diretor-geral da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, instituição em que está vinculado desde 1977. Exerceu as seguintes funções: ex-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS; ex-presidente do Sindicato dos Hospitais Filantrópicos do RS; ex-diretor da Associação Comercial de Porto Alegre; vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul; conselheiro de Administração da Confederação das Misericórdias do Brasil; diretor da Confederação Internacional das Misericórdias.