Diagnóstico de Alzheimer por exame de sangue
Aberto caminho para o tratamento preventivo no futuroUma equipe de cientistas da Universidade de Oxford e do Kings College anunciou, no dia 8 de julho, que detectou um grupo de 10 proteínas sanguíneas que apontam o risco de desenvolver a doença, antes do aparecimento dos primeiros sintomas.
Os especialistas isolaram as proteínas ligadas à doença ou à lenta degradação das funções cerebrais e cognitivas, que indicam com 87% de segurança, as chances de uma pessoa com problemas de memória desenvolver o mal. O estudo teve a participação de 1148 pessoas, sendo que 476 delas sofriam de Alzheimer.
No futuro, o Alzheimer poderá ser detectado em um exame de sangue. A descoberta abre caminho para o início de testes clínicos em pacientes que ainda não foram atingidos pela doença, bem como a adoção de um tratamento profilático para impedir sua progressão.
“O Mal de Alzheimer é uma doença terrível que afetará cada vez mais pessoas no mundo”, alertou o professor Simon Lovestone, coordenador da pesquisa. “A doença afeta o cérebro vários anos antes dos pacientes serem diagnosticados. Se podemos tratá-la nesse estágio, trata-se de uma verdadeira estratégia de prevenção”, disse o pesquisador ao jornal The Guardian.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e, globalmente, estima-se que 135 milhões de pessoas sofrerão desse mal em 2050. O comprometimento cognitivo leve inclui problemas com a memória, linguagem e atenção, e pode ser um sintoma precoce. Aproximadamente 10% das pessoas diagnosticadas com transtorno cognitivo leve desenvolvem demência dentro de um ano. Além de avaliações periódicas para medir o declínio das capacidades, não há atualmente uma maneira precisa de prevenção.