Dia Nacional da Mamografia lembra a importância de rastrear o câncer de mama
Rastreio deve ser feito antes mesmo de surgirem possíveis sinais ou sintomas.O Dia Nacional da Mamografia marca, na próxima segunda-feira, 5, uma das datas mais importantes para a saúde das mulheres. Além de lembrar a importância dos exames preventivos contra o câncer de mama, sua divulgação busca conscientizar a sociedade de que a realização de um simples exame pode salvar vidas.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que foram realizadas mais de 3,8 milhões de mamografias de rastreamento em mulheres usuárias do SUS no ano de 2022, evidenciando um aumento no número de exames após a pandemia, embora com diferenças regionais. Naquele ano, o Rio Grande do Sul registrou 298.624 mamografias de rastreamento realizadas pelo SUS, o que indica uma retomada da atenção das mulheres para uma doença que, se investigada a tempo e com os avançados recursos de tratamento atuais, pode ser curada.
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Até 2023, a estimativa do INCA para o Estado era de mais de 3,7 mil novos casos de neoplasia maligna da mama, inclusive com grande percentual entre pacientes jovens. Este número de casos poderia diminuir na medida em que os avanços da Medicina nesta área sejam melhor difundidos junto à sociedade.
Esta é a opinião do dr. Antônio Luiz Frasson, Chefe do Serviço de Mama Santa Casa e Coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Nora Teixeira/Rede Einstein de Oncologia. O especialista defende o rastreamento precoce do câncer de mama, que poderá revelar, ou não, algum sinal da doença e, se houver, identificar alterações com grandes chances de cura. A mamografia está entre métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce.
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Dr. Frasson recomenda às mulheres que se utilizem da mamografia e, eventualmente, recorram aos métodos acessórios a este exame, como o ultrassom e a ressonância magnética. Para ele, é preciso dar ênfase ao diagnóstico precoce, pois esta é a melhor forma de identificar alterações iniciais e reduzir as complicações decorrentes da doença.
“A atenção das mulheres no cuidado com seu corpo é extremamente importante, a começar pela observação das mamas. Não é preciso nenhuma técnica específica neste procedimento, que deve ser rotineiro e, se eventualmente encontrarem alguma alteração, é imprescindível procurar um especialista”, afirma.
Aquelas mulheres com histórico da doença na família também precisam estar alertas. Dr. Frasson aconselha, por exemplo, que, no caso de um familiar próximo (mãe ou irmã) ter sido diagnosticada com câncer aos 40 anos, a sua filha deverá fazer uma investigação também aos 30, ou seja, dez anos antes. “Não se deve esquecer das mutações genéticas”, alerta ele. “Hoje é possível identificar mutações específicas, que fazem com que haja uma predisposição para o desenvolvimento da doença”.
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Segundo o dr. Frasson, os recursos atuais para o enfrentamento do câncer de mama são inúmeros. “Tenho convicção de que, se uma mulher com tumor de mama conseguir se tratar adequadamente com recursos médicos avançados, ela terá grandes chances de cura e possivelmente poucos efeitos colaterais em caso de necessidade de quimioterapia”, assegura.
O médico reitera que, com o aumento de tumores em mulheres muito jovens, cada vez mais é preciso ter conhecimento a respeito do câncer de mama e diagnosticar a doença precocemente. As mulheres têm total direito a exames gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conclui dr. Frasson.