Estatísticas e Análises | 10 de maio de 2017

Dia Internacional do Lúpus chama atenção para a doença

A doença é mais frequente entre as mulheres (9 casos para cada homem)
Dia Internacional do Lúpus chama atenção para a doença

Complexo e pouco conhecido pela população, o lúpus é uma doença crônica autoimune, cujos sintomas são muito variados, podendo, em casos graves, ser fatal. Para conscientizar as pessoas sobre essa enfermidade, que atinge até 80 mil brasileiros, o 10 de maio é marcado como o Dia Internacional do Lúpus.

De acordo com a reumatologista Tamara Mucenic, do Hospital Moinhos de Vento, essa data é importante para difundir o conhecimento sobre a doença. ” O lúpus pode ser grave, mas há tratamento e, quando mais cedo o paciente iniciá-lo, maiores são as chances de ter uma boa qualidade de vida”, afirma.

A especialista acrescenta ainda a necessidade de derrubar preconceitos que existem sobre os portadores do lúpus. “Em alguns casos, a doença pode causar lesões de pele, que despertam medo e vergonha nas pessoas. No entanto, isso não é contagioso”, ressalta.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) ocorre quando o sistema imunológico ataca as próprias células e tecidos de nosso corpo. As causas dessa desordem são diversas, envolvendo fatores genéticos, hormonais e ambientais.

Mulheres

A doença é mais frequente entre as mulheres (9 casos para cada homem), sobretudo na faixa dos 15 aos 45 anos. Os sintomas mais comuns são maior sensibilidade ao sol, dor nas articulações, feridas no nariz e boca e queda de cabelo. Em casos mais graves, podem ocorrer danos no pulmão, coração e cérebro.

Não há cura, mas efeitos podem ser controlados

Não há cura para o lúpus. Entretanto, é possível controlar os efeitos da doença, com o uso das medicações prescritas e adotando medidas saudáveis, como boa alimentação, exercícios e uso de filtro solar. Recentemente, um novo medicamento foi aprovado pela FDA, a agência de regulação dos Estados Unidos, sendo o primeiro a ser homologado em mais de cinquenta anos.

“Existem diversos novos fármacos em estudo. É grande a perspectiva de que eles entrem no mercado nos próximos anos, aumentando nosso arsenal terapêutico no controle do lúpus”, conclui Tamara.

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