Crescimento do mercado de ressonância magnética deve estimular procura por gás hélio
Insumo é indispensável para bom funcionamento de aparelhos, usados em clínicas em diversas aplicações, como detecção de problemas na coluna até tumores cerebrais
O mercado global de sistemas de imagem por ressonância magnética foi avaliado em 5,3 bilhões de dólares, em 2020, e a taxa de crescimento anual será de 6% até 2028, segundo levantamento da Grand View Research, empresa de consultoria e pesquisa de mercado com sedes nos EUA e na Índia.
É uma boa notícia para fabricantes, principalmente num momento de crise sanitária, como a que está sendo vivenciada, desde o ano passado. Importante destacar que, além das boas condições em clínicas e de tecnologia de ponta, esse mercado depende fundamentalmente de um componente, o gás hélio, utilizado nos aparelhos para a geração de imagens.
“O gás hélio em estado líquido é o responsável pelo resfriamento das bobinas, que com a energia elétrica circulando em seu interior, viram imãs superpotentes e criam campos magnéticos muito fortes. O hélio em seu estado líquido é o que há de mais gelado na Terra e estimula as bobinas a se tornar supercondutores sem geração de calor. As ondas de radiofrequência emitidas contra o corpo são captadas para gerar a imagem”, explica Renato Ferrari Plachi, Gerente Comercial de Hélio da Air Products.
Plachi enfatiza que, além da alta procura pelos exames de ressonância magnética, contribui para o retorno financeiro de clínicas o abastecimento de hélio com boa taxa de transferência. “Temos a maior do mercado porque o abastecimento é sempre realizado por nossos técnicos qualificados e treinados rigorosamente, por meses, até serem certificados. Eles também têm as ferramentas de alta tecnologia necessárias para conseguir a transferência mais segura e eficiente do mercado, que asseguramos por contrato”, explica.
Não apenas o reabastecimento desses aparelhos é importante, mas também a manutenção, sobretudo, nesses últimos meses, em que algumas clínicas tiveram baixa procura em razão do fechamento de diversos estabelecimentos e a baixa circulação de pessoas, na segunda onda da pandemia. “Nossa previsão é de um aumento de procura, tanto para abastecimento quanto para manutenção do circuito criogênico dos aparelhos de ressonância”, completa Plachi sobre a boa perspectiva.