Conheça hábitos que ajudam a prevenir o câncer de boca
“Além de estar atento a lesões que não cicatrizam, é preciso perceber outros sinais que podem aparecer ainda na fase inicial, como rouquidão, dor de garganta persistente e a presença de nódulos no pescoço”, destaca Dra. Aline Vaz, odontologista hospitalar do Grupo OncoclínicasManchas, feridas que não cicatrizam, sangramento e dor na área da boca, lábios, língua e gengivas. Sintomas que são associados a problemas comuns, mas que merecem atenção e também podem indicar sinais de câncer de boca. Com a maioria dos casos diagnosticados em estágio avançado, a conscientização sobre a prevenção e os riscos para esse tipo de câncer é essencial e ganha destaque durante o Maio Vermelho.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que até 2022 sejam diagnosticados no Brasil mais de 15 mil novos casos de câncer de boca. A prevenção começa ao eliminar os fatores de risco que aumentam a incidência da doença como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de alimentos industrializados, a má higiene bucal e o tabagismo, que aumenta em dez vezes o risco de desenvolver o câncer na cavidade bucal.
O carcinoma de células escamosas é o principal tipo histológico da doença, presente em 90% dos casos, e tem início nas células que formam o revestimento da boca. De acordo com a Dra. Aline Vaz, odontologista hospitalar do Grupo Oncoclínicas, a detecção precoce do câncer de boca é fundamental para que seja possível iniciar o tratamento o quanto antes, e evitar o agravamento da doença. Por isso, a especialista recomenda uma consulta, a cada seis meses, para avaliação geral com o odontologista, porém alerta que o paciente deve procurar o dentista antes desse período, caso surja algum sinal ou sintoma.
“Além de estar atento a lesões que não cicatrizam, é preciso perceber outros sinais que podem aparecer ainda na fase inicial, como rouquidão, dor de garganta persistente e a presença de nódulos no pescoço. Já em quadros avançados, os sintomas mais comuns são a dificuldade na fala, mastigação e na movimentação da língua e a sensação de que há algo preso na garganta”, destaca a especialista.
Após a identificação de uma lesão suspeita, o diagnóstico é feito por meio de exame clínico e biópsia, que pode ser realizada em consultório. Exames complementares como tomografia computadorizada e ressonância magnética avaliam a extensão do tumor e auxiliam na definição para o melhor tratamento.
Tratamento
A cirurgia é um dos elementos principais do tratamento do câncer de boca, mas nos estágios mais avançados é complementado com radioterapia e, às vezes, a quimioterapia associada à radioterapia. Uma recomendação importante é que antes de iniciar o tratamento, o paciente seja avaliado e acompanhado por um dentista. O tratamento odontológico antes e durante o tratamento pode evitar complicações.
Os efeitos colaterais do tratamento do câncer de boca são muitas vezes o motivo para o paciente não conseguir tratar a doença. Um recurso importante para amenizar os sintomas é a laserterapia, um tratamento seguro que previne e diminui os incômodos gerados, sem novos efeitos colaterais.
Medidas de prevenção
A Dra. Aline Vaz, odontologista hospitalar do Grupo Oncoclínicas, chama atenção para medidas simples que contribuem para reduzir a incidência do câncer de boca:
– Evitar o fumo e o alto consumo de bebidas alcoólicas
– Uso de preservativos na prática de sexo oral
– Uso de protetor labial ao se expor ao sol
– Manter boa higiene oral
– Manter dieta balanceada
– Manter o peso corporal dento dos limites da normalidade
– Estar atento a mudanças de aspecto e/ou coloração na cavidade oral
É preciso ter atenção e cuidados especiais com próteses dentárias?
Sim, é preciso observar se a prótese está bem adaptada, a fim de evitar lesões na boca. Além disso, é essencial manter a boa higiene oral e da prótese e a consulta periódica com o dentista.