Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 24 de setembro de 2015

Como diminuir erros em diagnósticos médicos 

Relatório apresenta sugestões para melhorar os índices de acerto
Como diminuir os erros em diagnósticos médicos

A maioria das pessoas que procuram atendimento médico serão diagnosticadas de forma incorreta, em algum momento da vida. É o que afirma um novo relatório lançado no dia 22 de setembro, do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina (NAS, na sigla em inglês para The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine).

Um diagnóstico correto é essencial, mas como toda ação humana, a chance de ocorrer erro sempre existe. Mesmo assim, pouco tem sido feito para reduzir erros nessa área, o que pode agravar problemas se o setor saúde não se preocupar com melhorias de forma efetiva.

Falhas na comunicação e na cooperação entre médicos, pacientes e suas famílias, é um dos principais problemas. Pacientes e familiares fornecem informações que influenciam o diagnóstico e as decisões. Por isso, os autores do relatório recomendaram que os profissionais implementem o acesso a Registros Eletrônicos de Saúde, e que deem aos pacientes, oportunidades para aprender sobre o diagnóstico.

Não há números confiáveis ​​sobre a ocorrência de erros de diagnóstico, mas a pesquisa conclui que médicos cometem em torno de 12 milhões de falhas de diagnósticos por ano (o que equivale a um em cada 20).

Identificar e aprender com os erros e, consequentemente, implementar uma mudança, é o início do caminho para a solução. Os autores do relatório sugerem a mudança para uma cultura não-punitiva aos profissionais dentro das organizações. Isso promove uma discussão mais aberta e um feedback mais fiel do desempenho da instituição.

A estrutura de cuidados e um novo sistema de responsabilidade médica precisam ser criados, para apoiar o novo processo de diagnóstico. Segundo o relatório, é preciso desenvolver códigos e fornecer cobertura para as atividades de avaliação e de gestão, para incentivar a transparência.

Outras indicações feitas pelos especialistas dizem respeito a melhor formação dos profissionais. Os autores pedem também que haja treinamento concentrado no raciocínio clínico, no trabalho em equipe, na comunicação e em testes de diagnóstico. “Este relatório é um chamado de alerta, que há um longo caminho para percorrer”, destacou Victor J. Dzau, presidente da National Academy of Medicine, em comunicado oficial. “Erros de diagnóstico são um fator significativo para o dano ao paciente que tem recebido muita pouca atenção até agora”, completou.

Baixe aqui o relatório Improving Diagnosis in Health Care http://iom.nationalacademies.org/Reports/2015/Improving-Diagnosis-in-Healthcare.aspx (em inglês).

Saiba mais sobre o assunto, em reportagem com a cobertura de evento realizado pela Fehosul, em 2014, que tratou sobre a segurança do paciente (http://setorsaude.com.br/a-causa-das-falhas-e-incidentes-assistenciais-e-sistemica-afirmam-especialistas/).

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