Cluster da saúde gaúcho deve atrair instituições de pesquisas e novas tecnologias
Inciativa demonstra o reconhecimento de hospitais e universidades do RSO governo do Rio Grande do Sul e entidades representativas de hospitais, empresas, universidades, prefeituras, planos de saúde, associações empresariais e setoriais, instituições de apoio, parques tecnológicos e arranjos produtivos locais firmaram, dia 11 de agosto, um termo de cooperação para o estabelecimento do cluster de tecnologias para a saúde no Estado (foto). O governador José Ivo Sartori e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, visitaram o polo instalado em Erlangen, na Alemanha, no dia 25 de maio deste ano.
Na Alemanha, o Medical Valley reúne mais de 500 empresas, entre companhias de grande porte e startups, 16 universidades e mais de 40 instituições de saúde. A intenção é que o modelo localizado na cidade de Erlangen se reproduza no Estado. A internacionalização do Medical Valley de Erlangen está sendo desenvolvida e implementada pelo governo alemão em três países: Brasil; China e Estados Unidos.
Segundo o governo estadual, o Rio Grande do Sul, como estado escolhido para esta parceria, irá se juntar a Boston e Xangai como regiões que estarão atuando em estreita cooperação, fomentando a indústria e a pesquisa de saúde, e criando uma rede de colaboração internacional.
A parceria possibilita o desenvolvimento de tecnologias, geração de postos de trabalho e de renda. No que se refere ao ramo empresarial e industrial, cluster é uma concentração de empresas relacionadas entre si, localizadas em uma mesma região, configurando um polo produtivo especializado com vantagens competitivas.
No evento realizado no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, o governador José Ivo Sartori destacou que o termo “é uma construção coletiva que vai dar certo com a parceria de todos”. O objetivo é transformar o Rio Grande do Sul em uma referência na geração de conhecimento e na produção de tecnologias voltadas para a medicina e a saúde.
Para o presidente do Sindihospa, economista Fernando Torelly – presente ao evento –, a parceria “é o reconhecimento de que, no Rio Grande do Sul, temos excelentes hospitais. O objetivo é atrair instituições de pesquisas, novas tecnologias, novas organizações. Esse projeto para qualificar a cadeia produtiva da saúde só é possível pela qualidade das universidades e dos hospitais e de todo o setor no Estado”.
O cluster une três componentes importantes (poder público, empresas e entidades), o que dará melhores condições de iniciativa para o Estado, com mão de obra especializada na área da saúde, bem como importantes centros de pesquisa de Tecnologia da Informação (TI), semicondutores, economia do conhecimento, além do projeto Porto Alegre Health Care. “Algumas ações começarão ainda em 2015”, destaca Torelly.
Foi assinado também, o contrato de financiamento entre a Woopi Softwares e Tecnologias e o Badesul para o desenvolvimento de sistema. “O RS possui competências competitivas diferenciadas, capazes de fazer surgir e consolidar um segmento econômico, baseado na economia do conhecimento, que é a área de tecnologias para a saúde. Isso gerará emprego, renda e melhoria no atendimento à saúde do cidadão”, considerou a presidente da Badesul, Susana Kakuta.
Representantes de 44 entidades e prefeituras assinaram o termo de cooperação em conjunto com o governo, que terá validade de três anos. Entre as autoridades que participaram da solenidade estava o Secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a embaixadora do Itamaraty no RS, Leda Lúcia Camargo, e o professor e engenheiro biomédico, Tobias Zobel, diretor-executivo do Medical Valley, que fez uma palestra adicional na sede do Badesul, no dia 14.
Palestra no Badesul apresenta o Medical Valley
Na manhã de 14 de agosto, no Badesul, Tobias Zobel palestrou para dirigentes e profissionais interessados no tema. A Fehosul foi representada pelo diretor-executivo, médico Flávio Borges. Aos presentes, o executivo alemão demonstrou o que é o Medical Valley, o conceito de desenvolvimento e quais áreas prioritárias se desenvolveram nos últimos 10 anos. Segundo ele, o desejo é tornar o projeto alemão uma iniciativa global, com unidades em Boston e Shangai – além de Brasil e Alemanha. A sede nacional será no eixo Porto Alegre – São Leopoldo e reunirá recursos das universidades e estabelecimentos de saúde da região.
“Oferecemos o nosso apoio e estamos otimistas com esse momento importante, em meio a um cenário delicado da saúde”, destacou o médico Flávio Borges, representando a Fehosul, especialmente convidada pelo Badesul. Segundo Zobel, o RS tem plenas condições de abrigar o projeto. Há dois meses trabalhando no Medical Valley gaúcho, o executivo considera que o Estado está mais avançado do que se esperava.
Na semana que vem, a Fehosul participará de atividade na sede do Sindihospa, onde serão conhecidos os próximos passos e os moldes de parceria, além da forma de apoio da Fehosul e de seus Sindicatos Filiados ao projeto.