Mundo | 30 de julho de 2013

Cárie em crianças reflete desigualdade social

Pesquisa francesa mostra que saúde bucal evoluiu, mas ainda persistem diferenças entre famílias ricas e pobres
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As cáries atingem a todos de forma indiscriminada, mas algumas pessoas estão mais propensas a sofrerem desse mal. A desigualdade social e a saúde bucal estão interligadas, revela um relatório apresentado pela Diretoria de Pesquisa, Estudos, Avaliação e Estatísticas (Drees) da França.

A saúde bucal infantil tem evoluído nos últimos 20 anos, e a média de dentes cariados passou de 4,2 em 1987 para 1,2 no 2006 entre as crianças de 12 anos. Dentro desse grupo, 56% estavam livres de cáries em 2006, contra apenas 12% em 1987. A cárie também é um sinal da desigualdade social. Aos seis anos, 30% dos franceses que trabalham a tiveram em pelo menos uma cavidade, contra apenas 8% das crianças que não tinham necessidade de trabalhar.

A higiene alimentar é um dos fatores que explicam esse fenômeno. Jovens que consomem refrigerantes e guloseimas, algo frequente em famílias de baixa renda, são mais vulneráveis.

Conforme o trabalho, de 2008, cerca de 79% das crianças pesquisadas haviam consultado dentista uma vez ao ano, contra apenas 60% dos filhos de famílias menos favorecidas. A diferença não parece ter mudado com a implementação do programa de prevenção odontológica do sistema de saúde público do país, o MT Dents, que desde 2007 oferece uma consulta gratuita a cada três anos, para crianças de 6 a 18 anos, e garante 100% de atendimento para aqueles entre 6 e 12 anos.

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