brain4care conquista primeiro lugar no Prêmio Deep Tech Ano 2024
O reconhecimento foi anunciado durante o Deep Tech Summit, festival de inovação com foco em deep techs.
A brain4careacaba de conquistar o primeiro lugar no Prêmio Deep Tech Ano 2024. O anúncio foi feito no encerramento do Deep Tech Summit, principal festival de inovação com foco em deep techs (startups de base científica), que reuniu investidores, empreendedores, representantes da indústria, cientistas, pesquisadores e universidades, em 12 e 13 de novembro, na capital paulista. Para o CEO da brain4care, Plinio Targa (foto), essa premiação representa “um reconhecimento importante para a brain4care, que se consolida como um case de referência no universo das deep techs, um segmento que vem despertando cada vez mais interesse e atenção de investidores, governos e da sociedade em todo o mundo”.
De fato, a iniciativa teve como objetivo reconhecer as startups de base científica que se destacaram por suas atividades, contribuindo significativamente para empreender e levar suas pesquisas da bancada até o mercado. Entre os critérios de avaliação utilizados na seleção estão: potencial de mercado; diferencial tecnológico; capacidade de execução; viabilidade financeira.
Além disso, o Prêmio Deep Tech Ano 2024 faz parte de um projeto mais amplo realizado pela Emerge Brasil, em parceria com o Cubo Itaú e a CAS: o Mapeamento de Startups Deep Techs Brasileiras. Concorreram à premiação as 875 deep techs de diversos setores que participaram do mapeamento.
O Mapeamento de Startups Deep Techs Brasileiras – ao lado do Prêmio Deep Tech Ano 2024 e o Deep Tech Summit – é uma iniciativa alinhada à convicção de que as tecnologias de ponta, desenvolvidas por essa categoria de startups, fundamentadas em pesquisas científicas, apesar de envolver riscos significativos no processo de Pesquisa & Desenvolvimento, constituem soluções para desafios globais críticos, além de impulsionar a competitividade das empresas e abrir novos mercados.
A brain4care, por exemplo, é responsável pelo desenvolvimento de tecnologia médica pioneira com base na descoberta científica de que o crânio pulsa e que essas micro expansões podem ser captadas externamente. Esse conhecimento permitiu a brain4care criar uma solução que envolve um sensor e uma plataforma de inteligência artificial. O sensor ao ser posicionado na cabeça do paciente monitora de modo não invasivo o risco de hipertensão intracraniana, fornecendo parâmetros sobre a complacência e faixa da pressão intracraniana. Esses parâmetros ajudam os médicos a realizarem condutas mais pertinentes e assertivas, contribuindo para a otimização de recursos e redução de desperdícios, além de melhores desfechos em escala populacional.
Durante a apresentação do case da brain4care no painel “Unicórnios brasileiros em Deeptech?”, Targa compartilhou os resultados de um estudo recente que compara o desfecho de 51 pacientes de UTI do grupo controle (sem brain4care) com 51 pacientes do grupo de estudo (com brain4care). Nele, o uso da tecnologia trouxe resultados significativos, como a redução de 13% no tempo de internação na UTI, 63% de redução na taxa de reinternação de pacientes em até 30 dias e de 84% para redução de mortalidade na UTI.
Para entender o quanto a solução brain4care é disruptiva e inovadora, basta saber que antes dessa tecnologia as formas de coletar dados da pressão intracraniana eram todas invasivas e o padrão ouro uma cirurgia para inserir um cateter na caixa craniana.
Por tudo isso, a trajetória da brain4care foi reconhecida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), como “um modelo inovador de deep tech no Brasil, exemplificando o potencial de transformação que surge da união entre a ciência, a tecnologia, a inovação e o empreendedorismo”. A citação está na página 23 do livro A Finep e aneoindustrialização – Startups, deep techs e seus ecossistemas – Uma contribuição à 5a CNCTI, organizado por Celso Pansera e Fernando Peregrino.