A Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS ) decretou nesta quarta-feira, 27, intervenção na GEAP- Fundação de Seguridade Social por um período que varia entre 180 dias a um ano. O objetivo é propiciar aos mantenedores da instituição a adoção das competentes medidas administrativas e operacionais que contemplem os ajustes necessários para que a entidade volte a adaptar-se à legislação atual.

O modelo de intervenção adotado é o de direção fiscal, com a nomeação de um técnico para administrar as finanças da GEAP, que estaria com um rombo, em suas contas, superior a R$ 300 milhões.

A GEAP, em nota, afirmou que “não existem fatos que indiquem que houve gestão temerária na entidade ou quaisquer danos aos planos de saúde ou previdenciários”. A administração ressalta que o atendimento na rede de prestadores de serviços (hospitais, clínicas, consultórios, serviços de emergência e urgência e procedimentos médico-odontológicos) estão mantidos a todos os beneficiários e dependentes.

Apenas os Ministérios da Previdência e da Saúde, a Dataprev e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as quatro patrocinadoras originais da Geap, podem manter os atuas convênios médicos sem licitação pública, conforme decisão judicial do Supremo Tribunal Federal, recentemente adotada. Cerca de 250 mil beneficiários, quase metade das atuais 596,5 mil vidas seguradas, correm o risco de ficarem sem os benefícios previdenciários e médicos da instituição.