Estatísticas e Análises | 17 de dezembro de 2013

A evolução do câncer de pulmão no país

Saúde projeta 16,4 mil casos novos no Brasil em 2014
A evolução do câncer de pulmão no país

A projeção do Ministério da Saúde para 2014 indica a possibilidade de 16,4 mil novos casos de câncer de pulmão entre homens brasileiros. Os dados são positivos se comparados aos de 2010, quando 17,8 mil novos pacientes foram diagnosticados. A queda está ligada à redução de fumantes (leia mais aqui), mas também se dá graças a exames como a imuno-histoquímica, método de análise histológica dos tecidos com o uso de anticorpos específicos.

O exame de escarro era, antigamente, o mais usado para diagnosticar problemas pulmonares. Com o avanço da tecnologia, hoje é possível não só diagnosticar a doença, como a origem, o grau de gravidade e, por fim, fazer prognósticos. Nódulos na axila não significam que um tumor tenha origem no pulmão. “Raramente um tumor de pulmão se manifesta através de metástases axilares. Nesses casos, a imuno-histoquímica é importante para confirmar o pulmão como sítio primário e excluir mama”, explica o patologista gaúcho e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Carlos Renato Melo.

Apesar dos grandes avanços, os patologistas ainda encontram obstáculos na busca pelo diagnóstico. A maior dificuldade, de acordo com o presidente da SBP, é o tamanho cada vez mais reduzido das amostras. Outro problema é o acesso, pois nem todas as lesões podem ser alcançadas pelas agulhas de coleta.

Estudos revelam que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão em homens estão relacionados com o tabagismo e outros fatores de risco. Comparado aos que não fumam, o hábito está associado ao aumento do risco de diversas outras doenças. A chance de ocorrência de uma doença coronariana é duas a quatro vezes maior, assim como para derrames. O câncer de pulmão acontece 23 vezes mais em homens fumantes, e 13 vezes em mulheres. Ainda em comparação à pessoas que não fumam, a possibilidade de morte por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e bronquite) é 13 vezes maior.

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